Curitiba

Prisão não enfraquece resistência popular, diz mãe Cris em Ato Ecumênico pró-Lula

Celebração que destacou necessidade de união e respeito aconteceu poucos minutos antes da repressão policial

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Representantes de quatro denominações religiosas levaram aos presentes mensagens de união, de respeito de paz
Representantes de quatro denominações religiosas levaram aos presentes mensagens de união, de respeito de paz - Giorgia Prates/BdF

Pouco antes do ataque da Polícia Federal contra as cerca de duas mil pessoas que estavam em frente à PF em apoio ao ex-presidente Lula, o clima da mobilização era de paz, união e respeito. A violência ocorreu poucos minutos após o encerramento de um ato ecumênico no local, que reuniu quatro denominações religiosas de Curitiba.

Representantes da Igreja Católica, de religiões de Matriz Africana, Muçulmanos e da Congregação Church levaram aos participantes palavras de respeito, de Justiça, de resistência e de apoio ao ex-presidente Lula, que chegaria em breve à Polícia Federal.

"Não tem profeta que não veio a esse mundo que não tenha lutado contra o poder dominante", lembrou o integrante da Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná, Omar Nasser. E destacou a atuação do ex-presidente na defesa de diferentes religiões. "Não esqueceremos jamais do apoio que o presidente Lula deu à causa Palestina".

Representando as religiões de matriz africana como a Umbanda e Candomblé, Ya Cris da Oxum - ou Mãe Cris - reforçou que a prisão de Lula não significa o enfraquecimento da resistência e da luta popular. "Podem prender nosso rei, podem queimar nossa bandeira, mas jamais vão destruir a nossa luta pelo socialismo. Peço a Xangô que ponha suas mãos sobre os nossos inimigos. E que dê força a nosso companheiro Lula", desejou.

O mesmo lembrou o padre Marcos Juste. "A construção do país continua conosco, como disse Lula", destacou.

Vigília

Apoiadores de Lula começaram a se reunir em frente à sede da Polícia Federal, em Curitiba, pouco depois do anúncio de que o ex-presidente se apresentaria às autoridades da operação Lava Jato. A declaração foi feita na manhã deste sábado. Cerca de 5 mil pessoas circularam pelo local ao longo do dia, segundo informações da organização.

Cerca de 30 ônibus de militantes e integrantes de movimentos sociais também chegam em Curitiba até a manhã deste domingo,  para se somar às mobilizações. Um acampamento está sendo montando na região da Polícia Federal, para a realização de uma vigília permanente.

Edição: Juca Guimarães