Rio de Janeiro

LULA LIVRE

No Rio, ato denuncia condenação e pede pela liberdade do ex-presidente Lula

Manifestação foi uma das muitas que aconteceram em todo o país nesta quarta-feira (11)

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Manifestantes se reuniram em frente ao metrô da estação Carioca, no centro da cidade
Manifestantes se reuniram em frente ao metrô da estação Carioca, no centro da cidade - Flora Castro

A última quarta-feira (11) foi marcada pelo Dia Nacional de mobilização em defesa de Lula Livre. Por todo o país atos tomaram as ruas mais uma vez. No Rio de Janeiro não foi diferente. Manifestantes se reuniram em frente ao metrô da estação Carioca, no centro da cidade, para denunciar a condenação sem provas do ex-presidente, pedir por sua liberdade e protestar contra as perdas de direitos sociais após o golpe de estado instaurado no país em 2016.  

Durante a manifestação, uma performance teatral cômica realizada pela Companhia Emergência Teatral criticou a postura seletiva do Supremo Tribunal Federal (STF). Marco Aurério Hamellin é ator e diretor da companhia. Ele, que estava caracterizado de Draken Lúcia, em referência à presidente do STF, Carmem Lúcia, destacou o papel da arte na atual conjuntura política brasileira. 

“O papel da arte é todo, não é à toa que Temer e seus ministros estão tentando retirar o pouco que conseguimos conquistar. A classe artística foi a primeira a se colocar contra o golpe, a sair em defesa da Dilma e das escolhas democráticas deste país”, afirmou. 

Denúncia internacional

O ato contou também com a presença de integrantes do Comitê Norueguês de Solidariedade com a América Latina (LAG). O comitê é formado por 10 noruegueses, que estão no Brasil realizando vivências com movimentos sociais para entender o que está acontecendo no cenário político brasileiro. A coordenadora do LAG,  Kine Fristad, ressaltou a importância de repercutir internacionalmente a prisão política do ex-presidente Lula. 

“Durante a estadia aqui no Brasil tentamos divulgar a informação escrevendo artigos, mandando comunicados para a imprensa norueguesa para eles entrevistarem pessoas daqui do Brasil para divulgar o outro lado da realidade. Muitos meios de comunicação da Noruega pegam informação das grandes mídias aqui do Brasil que estão nas mãos de poucas pessoas e não mostram a realidade do país”, ressaltou Fristad. 

O vereador e pré-candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Leonardo Giordano, esteve presente na manifestação. Giordano fez um alerta para o período difícil pelo qual passa a democracia brasileira. Segundo ele, a preocupação com o risco de não ocorrer o processo eleitoral em 2018 é real.

“Eles não têm um candidato viável e se não tiverem até o fim da caminhada é possível falar em suspensão das liberdades mais básicas, como a gente está vendo ocorrer toda hora. Não foi à toa que Marielle levou quatro tiros na cabeça, que a caravana do Lula sofreu um ataque e que prenderam o ex-presidente sem prova alguma que possam mensurar. O primeiro efeito da retirada de Lula das eleições é a liderança de um fascista. O momento é gravíssimo”, pontuou o pré-candidato ao governo do Rio. 

Outras manifestações

Os atos em apoio ao ex-presidente Lula ocorreram também em diversas capitais, entre elas, São Paulo, Fortaleza, no Ceará, em Aracaju, no Sergipe, em Belo Horizonte, Minas Gerais, em Salvador, na Bahia, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, além de Brasília, Recife e São Luís do Maranhão.

Em Curitiba, o acampamento Lula Livre, montado nos arredores da superintendência da Polícia Federal, onde Lula está instalado, tem agenda repleta de mobilizações deste o último sábado (9).

Além de mobilizações pelo território nacional, houve ainda manifestações de solidariedade em cidades da Argentina, Uruguai, Holanda, Suécia, Itália, Perú, Inglaterra e Estados Unidos. 

Edição: Mariana Pitasse