Mobilização

Perfil | José Volski distribui as doações da população ao acampamento Lula Livre

Agricultor foi até Curitiba protestar contra o que chamou de "ditadura disfarçada de democracia”

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
José Carlos Volski mora há dez anos no acampamento Maila Sabrina, no norte do Paraná, onde cultiva produção agroecológica
José Carlos Volski mora há dez anos no acampamento Maila Sabrina, no norte do Paraná, onde cultiva produção agroecológica - Matheus Lobo

Desde a manhã de sábado (7), centenas de pessoas chegam nas proximidades da Superintendência da Polícia Federal, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, para participar do acampamento Lula Livre. Todas as manhãs, os acampados se reúnem para dizer “bom dia, Lula” e repassar a agenda do dia, que costuma a incluir atos com a presença de políticos, intelectuais e artistas brasileiros.

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As pessoas que chegam de várias partes do Paraná e do país se mantém no local com a ajuda de doações de comidas, itens de higiene, água e cobertores. José Carlos Volski é um dos responsáveis por receber e redistribuir essas doações para todos do acampamento. Ele aproveitou a entrevista para chamar outras pessoas para contribuir com doações que podem ser entregues direto no local, em uma barraca montada exclusivamente para recebê-las.

José é agricultor e mora no acampamento Maila Sabrina, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na região norte do Paraná. Ele conta que chegou na capital às 6 horas da manhã de sábado para protestar contra o que chamou de “ditadura disfarçada de democracia”.

Morador do acampamento Maila Sabrina há dez anos, ele relata que conheceu o MST por curiosidade e viu que era ao contrário do que a grande mídia mostrava. Como é comum nos acampamentos e assentamentos organizados pelo MST, o terreno onde José mora tem produção agroecológica de diversos alimentos. Apesar do acampamento completar 16 anos, os moradores sofrem com uma ameaça de reintegração de posse marcada para o próximo dia 13 de abril. “Mas nós vamos resistir o quanto for necessário”, afirma José.
 

Edição: Ednubia Ghisi