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Início Política

Justiça

STF criminaliza a política ao aceitar denúncia contra Aécio, diz jurista

Marco Aurélio de Carvalho, da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, denuncia ilegalidades da Lava Jato

19.abr.2018 às 18h42
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h42
São Paulo (SP)
Redação
O senador Aécio Neves é réu em processo penal por corrupção e obstrução de Justiça

O senador Aécio Neves é réu em processo penal por corrupção e obstrução de Justiça - Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, nesta terça-feira (17), denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral de República (PGR) contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG). No âmbito da Operação Lava Jato, o senador foi acusado pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça. Para juristas, entretanto, a aceitação dessa segunda denúncia constitui uma criminalização da atividade parlamentar de Aécio.

É o que afirmou Marco Aurélio de Carvalho, advogado integrante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), em entrevista ao Brasil de Fato. O jurista considera que ação faz parte de uma série de arbitrariedades que a Lava Jato vem cometendo ao longo dos últimos anos e que vêm sendo denunciadas pela ABJD.

“O que queremos, sem mais nem menos, é que a justiça seja aplicada para todos. Então esquecendo que é o Aécio, ele, em nenhum momento, poderia ter sido acusado de obstrução de justiça por exercício regular de atividade parlamentar”, afirmou.

Carvalho destaca também que o processo contra Aécio tem sido utilizado para passar uma imagem de suposta neutralidade da Operação, que é acusada de perseguir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso no último dia 7 de abril.

“Estão querendo legitimar a justiça penal do inimigo, aplicada contra o Lula, para adversários políticos de Lula, exatamente para passar a impressão para os leigos que estamos diante de um processo penal isento. Isso é um equívoco muito grande. Então é uma estratégia para legitimar as ações de exceções que estão sendo feitas contra grupos de esquerda em especial. Temos que lembrar que Aécio é um tucano que já está fora do ninho, ninguém quer estar perto dele”, disse.

Confira a entrevista completa: 

Brasil de Fato – Como o processo de Aécio Neves também serve para ilustrar as arbitrariedades cometidas pela Operação Lava Jato?

Marco Aurélio de Carvalho – Vamos esquecer que é o Aécio, porque não podemos fazer com os outros o que não queremos que seja feito com a gente. A justiça não pode eventualmente tirar a venda dos olhos para espiar quem é o réu. Defendemos uma justiça com parâmetros e que traga segurança jurídica para todos. Então o que vale para Aécio, é o que vale para Lula, para mim e para você, ou pelo menos é o que deveria valer. O fato de ele ter feito a disputa política bastante fervorosa e ardente que fez conosco, não pode em hipótese nenhuma nos cegar em uma visão equivocada.

O que queremos, sem mais nem menos, é que a justiça seja aplicada para todos. O tucano, em nenhum momento, poderia ter sido acusado de obstrução de justiça por exercício regular de atividade parlamentar. Ele foi eleito pelo povo de Minas Gerais. Uma eleição não questionada, e recebeu mandato parlamentar. Então ele tem funções típicas e atípicas, as funções típicas de um parlamentar são as legislativas, e as atípicas são a de fiscalização, que têm relação direta com o tipo de atividade que ele pode exercer em relação ao Tribunal de Contas, ao próprio governo, etc. Isso está previsto na própria Constituição Federal, a partir do momento que ele recebe mandato parlamentar, ele tem mais é que legislar.

Então, a denúncia recebida por obstrução de justiça, porque ele voltou contra algumas medidas que estavam no Pacote das 10 Medidas Contra a Corrupção, é no mínimo reprovável. Sim, ele alimentou esse ódio do qual ele é vítima, e é um dos principais responsáveis pelo que acontece com ele. Mas em nenhuma situação do tipo qualquer parlamentar poderia ser criminalizado.Foi u m equívoco muito grande do tribunal, eles criminalizaram a política. Isso foi um alerta feito inclusive pelo advogado que representa Aécio, Alberto Zacharias Toron. Pelo menos nesse aspecto, a denúncia não deveria ter sido recebida.

Quais outras exceções jurídicas, além da criminalização da política, podemos observar nesse caso?

O Ministro Luís Roberto Barroso, que é julgador do caso, falou fora dos autos. Em nenhum país do mundo um juiz que vai julgar um caso pode fazer isso. Ele deu entrevista para a Globo citando o caso Aécio, dizendo que tinha provas fartas. Isso é muito grave. Além do recebimento da denúncia, a própria forma como as delações foram feitas, a armadilha a qual o Aécio foi submetido, independentemente de ser quem é, é algo que precisa ser pensada. Isso no Direito não é bom para ninguém. Ele sofreu teste de integridade. Independentemente de ter cometido o delito que cometeu, ele foi vítima de uma armação.

A própria questão da corrupção ali, a contrapartida que ele recebeu, não está muito definida também. Então não posso deixar de achar que é um equívoco jurídico. Mesmo a decisão de suspensão do exercício do mandato dele foi um equívoco de graves proporções, uma afronta ao próprio Senado. Mas fica claro que a justiça hoje está sendo aplicada com seletividade, e que como ficou chato agora que prenderam o Lula, eles tem que justificar esse processo. Mas lembrando que apenas receberam a denúncia do Aécio, o processo ainda não acabou, pode ser que na hora da condenação o liberem.

Acha que o processo de Aécio está sendo utilizado para passar a imagem de neutralidade da Lava Jato?

Isso tem paralelo com tudo o que está acontecendo no país. Porque cria-se a ideia de que a lei é para todos. Estão querendo legitimar a justiça penal do inimigo, aplicada contra o Lula, para adversários políticos de Lula, exatamente para passar a impressão para os leigos que estamos diante de um processo penal isento. Isso é um equívoco muito grande. Então é uma estratégia para legitimar as ações de exceções que estão sendo feitas contra grupos de esquerda em especial. Lembrando que o Aécio é um tucano que já está fora do ninho, é um tipo de tucano radioativo, então ninguém quer estar perto dele, por isso que não salvaram. O caso do Alckmin, por exemplo, foi levado para a Justiça Eleitoral.

Qual a lógica então de levarem o caso de Vaccari, a mesma situação, para a Justiça Criminal? Não há lógica que sustente. Nós estamos vivendo um momento muito delicado no país, um avanço do estado de exceção, que culminou no golpe constitucional que a gente sofreu. Hoje vivemos uma nova conformação no mundo, os golpes vêm sendo dados sem o uso da força, até porque não seria aceito o aparato militar para atingir resultado, então para buscar legitimidade, eles interpretam a lei do jeito que querem, de forma circunstancial, com objetivo eleitoral, e dá aspecto de legitimidade. O Lula foi condenado por um processo que jamais poderia levar ninguém a condenação, mas trouxe uma sentença penal condenatória executada provisoriamente. Por ter sido confirmado por juízes passa a ideia de legitimidade.

Você acredita que o próprio PSDB se beneficia desse processo?

Você cria, na verdade, uma separação. Alguns são cidadãos de segunda classe. O Aécio vai para a câmara de gás, e os tucanos, chamados santos, estão acima de tudo a qualquer dúvida, e o programa deles é memória eleitoral. Tanto a justiça sabe disso que pegou o Aécio, candidato à presidência. Para o próprio PSDB isso traz dividendos eleitorais, pois o Aécio não é uma pessoa próxima ao Alckmin, ainda tinha um grupo de apoio que perdeu. Isso traz facilidade para o Alckmin, porque elimina o adversário interno, e cria na opinião pública a ideia de que o PSDB não está acima da lei, mas que os que fizeram coisas erradas já foram punidos.

Editado por: Diego Sartorato
Tags: aécio neveslava jato
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