Em Mato Grosso, 21 mulheres foram assassinadas vítimas de feminicídio este ano. O número é quase o dobro dos registros do ano passado, quando foram 11 ocorrências.
Em 2017, 2.718 mulheres procuraram a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher da capital Cuiabá para registar algum tipo de violência. A maioria se queixa de sofrer ameaças. As informações sobre vítimas e agressores foram divulgadas nessa quinta-feira (03) no 1º Anuário de Atendimento da Capital.
Agredidas e agressores têm o mesmo perfil. Solteiros, desempregados, entre 27 e 40 anos, com segundo grau completo. A maioria das vítimas tinham vínculo de convivência com o agressor ou ex-companheiro.
A medida protetiva é a principal providência adotada após as ocorrências. Em 2017, foram 1.600. A expectativa é que o material divulgado contribua para o planejamento e implementação de ações especializadas, segundo a delegada Jozirlethe Criveletto.
A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da da Mulher, Josilene Barbosa relata que muitas mulheres não procuram a delegacia para denunciar a violência.
Para Josilene, é preciso ampliar o número de delegacias da mulher e criar núcleos de atendimento. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, o estado possui 6 delegacias especializadas da mulher. A violência pode ser denunciada por telefone. Em 2017, a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência - Disque 180 - recebeu mais de 150 mil ligações com relatos de violência. O serviço é gratuito para todo o Brasil e preserva o anonimato.
Edição: Redação EBC