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Início Cidades

MORADIA

No Rio, ocupação urbana é exemplo de luta pela moradia

Ocupação em antigo prédio do INSS é formada por 42 famílias que vão organizar um restaurante e um samba

14.maio.2018 às 13h48
Rio de Janeiro (RJ)
Jaqueline Deister
Antigo prédio no INSS que hoje abriga 42 famílias da Ocupação Manoel Congo

Antigo prédio no INSS que hoje abriga 42 famílias da Ocupação Manoel Congo - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O direito à moradia é assegurado no artigo sexto da Constituição Federal do Brasil, assim como o direito à saúde, educação e trabalho. Contudo, apesar de constar na Carta Magna, morar ainda é um artigo de luxo no país do latifúndio urbano e rural que está entre as nações com maior déficit habitacional no mundo.  

No Rio de Janeiro, segundo levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos em 2016, cerca de 15 mil pessoas não tinham onde morar. A solução encontrada por parte desta população acaba sendo ocupar imóveis abandonados na cidade com o intuito de exigir o cumprimento da função social da propriedade. 

Na capital fluminense, a Ocupação Manoel Congo, coordenada pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), é um exemplo de como por meio da organização e da pressão popular sobre o poder público foi possível devolver a dignidade para as 42 famílias que hoje possuem um lugar para morar.

A ocupação do prédio vazio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no centro do Rio, foi requalificada para habitação de interesse social após um longo processo de diálogo com o Estado. Lurdinha Lopes, integrante da coordenação nacional do MNLM, conta que o maior desafio hoje para a ocupação é a sustentabilidade. 

“A gente está executando os últimos 3% da obra. Estamos na reta final. Para a gente, o grande desafio colocado é a sustentabilidade das 42 famílias. Temos um espaço que deixamos vazio para construir uma geração de trabalho e renda, com gestão coletiva do trabalho, para que um percentual desse recurso vá para abaixar a taxa de condomínio, porque uma forma de expulsar as pessoas do centro da cidade é o custo de vida”, explica. 

A ideia dos moradores é abrir um restaurante e uma casa de samba no prédio para evitar que alguma família tenha que sair do espaço por não poder arcar com a manutenção do condomínio. Atualmente, os custos de contribuição estão em torno de R$ 130 pelo fato da obra ainda estar em curso. As pessoas já estão alojadas nos apartamentos, o critério utilizado pelos integrantes do movimento foi que as famílias com mais integrantes fiquem nos apartamentos maiores.  

A experiência bem sucedida da Ocupação Manoel Congo foi capaz de transpor barreiras políticas e sociais que estão enraizadas na sociedade brasileira. Vitor Guimarães, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) no estado, destaca que a especulação imobiliária é um dos principais empecilhos para reduzir a desigualdade social. 

“Garantia à moradia é o início para assegurar circulação na cidade, novos empregos e possibilidades para as pessoas se emanciparem. Portanto, não permitir que todas as pessoas tenham moradia digna e adequada é fazer com que a cidade se mantenha desigual”, destaca Guimarães.  

A tensão social envolvendo a questão da moradia ficou mais acirrada no município do Rio durante a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Dados do relatório Megaeventos e Violações dos Direitos Humanos no Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Comitê Popular da Copa e Olímpiadas de 2015, revelou que mais de 22 mil pessoas foram removidas de suas casas por conta dos megaeventos esportivos.   

Daniel Sousa é arquiteto e urbanista do Núcleo de Terras e Habitação (Nuth) da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. Segundo ele, o município possui dois tipos de assentamento: as ocupações de edificações e as favelas.  Sousa destaca que poucas ocupações são ligadas à movimentos populares e que a maioria encontra-se em situação precária. 

“A gente não tem política pública de melhoria desses edifícios, temos vivido uma situação de muita precariedade nessas ocupações. A gente atua principalmente em processo de despejo e existem diversas situações em que conseguimos fazer contra-laudos a laudos da própria Defesa Civil que dizem que os prédios estão para cair. Existem alguns instrumentos no Estatuto da Cidade que poderiam  reverter a situação desses edifícios, porque muitos estão com dividas de IPTU, muitos eram até do governo federal e estadual”, afirma o arquiteto. 

O latifúndio sendo a regra e a moradia a exceção só mostra a necessidade de que mais exemplos como da Ocupação Manoel Congo surjam pelos becos e esquinas do país para questionar o modelo de cidade implementado até agora no Brasil. 

 

Editado por: Vivian Virissimo
Tags: direitomoradiaocupaçãoradioagênciariodejaneiro
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