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MOBILIZAÇÃO

Onda feminista no Chile: por que as mulheres estão ocupando as universidades?

Feministas têm protagonizado uma gigantesca mobilização em defesa de uma educação não-sexista e do combate aos assédios

18.maio.2018 às 12h39
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h43
São Paulo (SP)
Redação
Manifestação estudantil por uma educação não-sexista em Santiago, capital do Chile; no cartaz se lê: "A educação será feminista ou não será"

Manifestação estudantil por uma educação não-sexista em Santiago, capital do Chile; no cartaz se lê: "A educação será feminista ou não será" - Nadia Martínez

Ao longo de todo o território nacional chileno, mulheres estudantes têm se organizado, paralisado e ocupado diversas faculdades e universidades. Exigindo uma educação não-sexista e o fim do assédio e do abuso sexuai, as feministas chilenas levantam bandeiras para modificar a estrutura das universidades que, como elas apontam, é um terreno fértil para estas práticas machistas.

Como enfrentar estas situações ainda é um desafio para as universidades. Além da lentidão na criação de protocolos (que, em todos os casos, parecem insuficientes), somam-se as limitações da atual legislação do país e o confronto entre a urgência das demandas e a lentidão das mudanças culturais.

Neste contexto, em um momento histórico, diversas universidades e faculdades chilenas foram ocupadas ou paralisadas por suas estudantes mulheres. As poucas garantias que as mulheres têm para desenvolverem suas carreiras universitárias impulsionaram uma mobilização que, a esta altura, se espalhou pelo país e conforma uma verdadeira onda feminista.

Ocupações

A relação de espaços ocupados ou paralisados é ampla. Integram essa lista a Escola de Governo e Administração Pública, o Instituto de Comunicação e Imagem, e Faculdade de Direito e de Ciências Sociais da Universidade do Chile, institutos com sede em Santiago; a Universidade Austral (UACh), no campus das cidades do sul do país, Puerto Montt e Valdívia, a Faculdade de Educação da Universidade de Concepción, a Universidade Católica de Temuco e os cursos de Assistência Social da Universidade Católica de Valparaíso e da Universidade Técnica Metropolitana.

Mas quais são as situações que fizeram eclodir esta mobilização nacional?

Como informa o portal da Universidade do Chile, há três semanas a Faculdade de Filosofia Humanidades da Universidade Austral do Chile (UACh), localizada em Valdivia, foi ocupada e, pouco a pouco, outros institutos se incorporaram ao movimento. Hoje já são 35 cursos paralisados. No campus de Los Ríos (também em Valdívia) há faixas penduradas em quase todos os prédios com os dizeres “Não queremos que os abusadores sejam acobertados”, “Estamos cansadas da violência contra as mulheres”, entre outros.

Pelo fim do abuso

Em 2015, quando não havia nenhum protocolo de acompanhamento para casos de violência na UACh, cerca de cinco denúncias por assédio ou abuso sexual eram registradas por dia. Desde 2016, quando foi implantado o protocolo, são mais de cem denúncias por ano.

Segundo Valentina Gatica, presidenta da Federação de Estudantes da UACh, os protocolos internos não são suficientes para garantir a segurança das mulheres da comunidade universitária: “Os casos aumentaram muito e, lamentavelmente, os acompanhamentos não têm andamento e os processos são muito irregulares. Muitas companheiras que denunciaram ainda tem que conviver com seus agressores. Além disso, existe um acobertamento acadêmico por parte da universidade nos casos contra funcionários”.

O principal caso deste ano foi o que envolveu o pesquisador e biólogo do Instituto de Bioquímica e Microbiologia da UACh, Alejandro Yáñez, culpado por abusar sexualmente de uma funcionária da universidade. A primeira medida punitiva da universidade contra o professor foi a transferência de unidade, mas após uma intensa mobilização, ele foi desligado da instituição.

A Universidade do Chile também aderiu aos protestos. A Faculdade de Direito, localizada em Santiago, capital do país, está ocupada desde o dia 27 de abril e desde a primeira semana de maio, também estão ocupadas as faculdades de Ciências Sociais e a de Administração Pública. Os cartazes pendurado nas fachadas desses institutos reivindicam a educação feminista como uma urgência política.

Até quando?

Para a diretora do Escritório de Igualdade de Oportunidades de Gênero da Universidade do Chile, Carmen Andrade, ainda que a instituição seja pioneira na criação de protocolos para o combate ao machismo, estes procedimentos têm sido insuficientes para enfrentar o problema. Como explica a acadêmica, a universidade ainda não possui um protocolo específico  para tratar dos casos de assédio sexual de professores contra alunas. Por isso, quando aconteceu uma denúncia contra um professor, o caso é registrado como improbidade administrativa, isto é, por crime contra a administração pública.

Já Luna Follegati, acadêmica da Universidade de Ciências da Educação (UMCE) e ex-professora do mestrado de Estudos de Gênero da Universidade do Chile, explica os fatores que determinaram a eclosão dessa massiva mobilização de estudantes: “A violência de gênero é algo que existe historicamente dentro dos espaços educativos. O que estamos vendo hoje é o momento em que essa demanda eclode, com uma manifestação pública inserida no contexto de um questionamento das questões de gênero nacionalmente. Em contrapartida, a demanda por uma educação feminista exige uma compreensão sobre a educação com um novo projeto. A educação não-sexista é uma resposta que hoje as estudantes colocam publicamente para exigir outra forma de pensar e se relacionar no interior dos espaços educativos”.

Além disso, a acadêmica chilena também afirma que as instituições não estão dando respostas à altura e que o contexto exige maior responsabilidade, agilidade e modernização: “Existe uma incapacidade e uma letargia nas instituições chilenas para responder de forma satisfatória às demandas específicas sobre os casos de abuso sexual. A institucionalidade universitária não deu conta desses processos de forma eficiente, em curto prazo, e que deem uma resposta pensando na segurança das vítimas denunciantes em um processo que seja justo e pertinente. Os protocolos que existem não bastam, é preciso criar outras medidas. Mais do que protocolos específicos, é preciso questionar o modo como estamos construindo e reproduzindo as relações de gênero dentro da universidade. Aí vem o estalido. É um ‘até quando?”, considera Follegati.

Mulheres em Marcha

Entoando gritos já conhecidos pelas feministas brasileiras como “Se cuida, se cuida, se cuida, seu machista, a América Latina vai ser toda feminista” e “Não é não”, as universitárias chilenas têm protagonizado uma gigantesca onda feminista no país em defesa de uma educação não-sexista e o combate efetivo do assédio sexual nas principais instituições educacionais do país.

Na última terça-feira (16), as estudantes chilenas protagonizaram uma marcha feminista na capital do país, Santiago, e outras mobilizações foram organizadas em outras cidades do país.

Entre as reivindicações das estudantes está a saída do chefe jurídico do Ministério da Educação do Chile, Tomás Henríquez. O advogado é fundador da ONG Comunidade e Justiça, organização que se opõe ao projeto de Identidade de Gênero e é conhecido pelas suas posições contra o aborto, inclusive nos casos de estupro e má-formação, e contra o casamento homossexual.

Durante a manifestação, a porta-voz da Confederação de Estudantes do Chile (Confech) declarou que as manifestantes exigem “uma lei íntegra sobre violência de gênero, que inclua a violência intrafamiliar, o abuso sexual e que tipifique o assédio sexual”.

*Com informações do Diario UChile e do El ciudadano.

Editado por: Pedro Ribeiro Nogueira | Tradução: Luiza Mançano
Tags: chilefeminismoocupação
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