SOLIDARIEDADE

Jornada pela Democracia e pela Paz na Venezuela acontece neste domingo em São Paulo

Comitê pela Paz na Venezuela organiza espaço de debate na Av. Paulista, em defesa do processo eleitoral venezuelano

Brasil de Fato | São Paulo |
Evento está marcado para as 11h, em frente ao Conjunto Nacional
Evento está marcado para as 11h, em frente ao Conjunto Nacional - Reprodução

Neste domingo (20), dia de eleição presidencial na Venezuela, o Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela realizará a Jornada pela Democracia e Paz na Venezuela, em apoio ao processo democrático no país, que realiza sua 25ª eleição ao longo de duas décadas. A jornada acontece a partir das 11h, na Avenida Paulista, 2037, em frente ao Conjunto Nacional, na capital paulista.

"A atividade tem o objetivo de acompanhar as eleições e discutir o processo democrático do nosso país vizinho, em meio a um contexto internacional de ameaças constantes, sanções econômicas e até interferência na soberania do povo venezuelano por parte dos EUA e outras nações", afirma a convocatória do evento, que propõe atividades culturais e de debate para abrir diálogo com a população brasileira.

A jornada se contrapõe à atitude antidemocrática de parte da oposição de direita na Venezuela, que decidiu boicotar o pleito. Ainda assim, cinco candidatos participam da corrida presidencial e observadores internacionais têm seguidamente garantido a lisura do processo.

Confira abaixo a convocatória do evento na íntegra:

"Neste domingo, dia 20 de Maio de 2018, o povo venezuelano vai às urnas pela 25ª vez em vinte anos. Cerca de 20 milhões de pessoas estão aptas a votar no país. Elas irão escolher seu novo presidente para um mandato de seis anos, também serão elegidos deputados estaduais e conselheiros municipais (vereadores).

Há cinco candidatos concorrendo ao cargo da presidência da República. Dentre eles, Nicolás Maduro é candidato à reeleição. Suas propostas de governo estão centradas nas saídas para a atual crise econômica enfrentada pelo país, sendo que sua candidatura representa a continuidade da Revolução Bolivariana, que desde 1998, quando Hugo Chávez foi eleito, vem alterando profundamente as estruturas políticas e sociais do país.

A oposição ao governo participa do processo dividida. O partido Avançada Progressista, definiu por participar da disputa, com o candidato Henri Falcón, afirmando que as condições democráticas estão dadas e que são as mesmas das eleições de 2015.

Outra parte da oposição, conformada pelos três maiores partidos direitistas – Ação Democrática, Primeiro Justiça e Vontade Popular –, decidiu não participar da eleição, alegando que não existiam garantias de que o processo seria justo e democrático. Os líderes opositores desta parcela têm protagonizado uma campanha internacional para desacreditar o processo eleitoral e deslegitimar, de antemão, seus resultados. Também participam desta campanha os governos contrários à Maduro (como o governo de Donald Trump, dos EUA e de Juan Manuel Santos, da Colômbia) e as grandes empresas de comunicação articuladas internacionalmente.

Neste contexto, também estão inseridos os ataques à Venezuela por parte do governo golpista de Michel Temer e os ataques das grandes empresas de comunicação brasileiras, que diariamente manipulam informações e difundem mentiras sobre a situação do país e as ações de seu governo.

Neste sentido, o Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela, que reúne mais de 40 organizações brasileiras – movimentos populares, sindicatos, ONGs, partidos políticos, meios de comunicação populares, entre outras – se manifesta publicamente para afirmar que:

- respaldamos a democracia e o sistema eleitoral venezuelano, que é reconhecido como um dos mais transparentes e eficazes do mundo;

- defendemos o direito à soberania e à autodeterminação do povo venezuelano, e seu direito de decidir de forma livre, ampla e democrática que governo deseja para o seu país;

- defendemos a paz na Venezuela, e rechaçamos todo tipo de ação de grupos violentos, sejam os que atuam contra o governo no país, ou os estrangeiros que ameaçam intervir militarmente;

- denunciamos o criminoso bloqueio econômico praticado por governos, empresas e bancos estrangeiros, que aprofundam a crise econômica do país, e provocam a falta de produtos alimentícios, de higiene e de remédios para a maioria da população."

Serviço:

O quê? Jornada pela Democracia e Paz na Venezuela
Quando? Domingo, 20/5, 11h.
Onde? Av. Paulista, 2037. Em frente ao Conjunto Nacional, ao lado do Metrô Consolação.
Indicação: Livre
Contato: [email protected]

Edição: Vivian Fernandes