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ELEIÇÕES

Editorial | O inimigo não pode dormir, porque a Venezuela resiste

A Revolução Bolivariana segue com a reeleição do presidente venezuelano Nicolás Maduro

Brasil de Fato | Recife (PE) |
As eleições do dia 21 de maio reelegeram Nicolás Maduro, mesmo com a tentativa de deslegitimação e boicote de outros países
As eleições do dia 21 de maio reelegeram Nicolás Maduro, mesmo com a tentativa de deslegitimação e boicote de outros países - Reprodução

A história, tal qual nos é contada, costuma fazer referências a pessoas, heróis, vilões e coadjuvantes. Assim como nos livros de ficção, a história oficial mais parece um conto do que uma ciência, para compreender a real versão dos fatos, cada leitor curioso deve se perguntar, 'a história contada, a quem serve?' Respondida essa questão, podemos nos aproximar da realidade. Mas, se a história pode e deve ser contada para nos servir de modelo para o presente e o futuro, aqui vai uma história.

Era uma vez, em um lugar chamado America Latina, um povo que ousou sonhar. Neste sonho os povos eram livres e podiam construir sua própria caminhada sem a intervenção de outros, os povos sonharam com terra, democracia, igualdade social e soberania. Ocorre que em meio a este sonho, um pássaro, um condor, veio roubar a esperança dos povos latino-americanos. Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, um a um, cada país foi arrasado pelo voo do pássaro que vinha do norte. 

Passados alguns anos, todos pensaram que o pássaro havia voado de volta para os Estados Unidos e, mais uma vez, foi possível ver alguma esperança nas faces latinas. Aprendemos algo do passado e agora o sonho estava tão perto que quase podíamos tocá-lo, neste momento os vizinhos do norte mais uma vez entraram em cena.

Não houve mais pássaros comedores de sonhos e de gente, agora eles vieram travestidos de justiça. Vestidos de toga apontaram dedos, culparam e condenaram sem provas. Honduras, Peru, Brasil, um a um os povos latino-americanos viam a história se repetir, logo o medo e o desânimo se fez notar nos olhos, mas alguns decidiram que iriam lutar.  "Agora sabemos quem é o nosso inimigo", diziam os povos, "aprendemos que somos todos um e que a nossa união deve vencer os salteadores". Em diversos lugares surgiram lutas de resistência, dizem os mais sábios, que se desligarmos a televisão é possível ouvir os sons desta batalha. Ela nos chama!

Os vizinhos do norte seguem seus planos de repetir os horrores do neoliberalismo, apenas para engordar ainda mais seus cofres que ficam longe, muito longe da America Latina. Eles estavam a rir e a comemorar, "vencemos", disseram eles, e com suas bocas cheias de mentiras e suas mãos sujas de sangue, bebiam a sede dos povos e comiam a fome dos trabalhadores. Mas algo havia mudado.

No dia 20 de maio de 2018, uma luz pode ser avistada pelos povos. Aqueles que decidiram lutar permanecem em seus postos e conseguem vitórias. A Revolução Bolivariana segue e a reeleição do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, com uma maioria significante dos votos (68%) é uma demonstração de que os povos querem materializar seus anseios. É preciso mais, temos que garantir o retorno da democracia no Brasil, com eleições sem fraude e sem presos políticos, a bandeira do Lula Livre já atravessou fronteiras, a ideia se fez carne e caminha pelas pernas de milhões. Nossos irmãos venezuelanos contam com a vitória dos povos também no Brasil, lutemos por eles e por todos os povos do mundo. 
 

Edição: Monyse Ravenna