Diplomacia

Trump recua e cúpula com a Coreia do Norte deve acontecer

Líderes das Coreias se reuniram no sábado (26) e falaram sobre desnuclearização; Trump quer manter-se nas negociações

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Moon Jae In e Kim Jong-Un posam para fotos durante encontro em Panmunjon
Moon Jae In e Kim Jong-Un posam para fotos durante encontro em Panmunjon - KCNA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, por meio de sua conta no Twitter, que pretende comparecer à Cúpula de Singapura ao lado do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, no próximo dia 12 de junho.

“Nosso time norte-americano chegou à Coreia do Norte para fazer os preparativos para a Cúpula entre Kim Jong-un e eu. Acredito realmente que a Coreia do Norte possui um potencial brilhante e será uma grande nação econômica e financeiramente um dia. Kim Jong-un concorda comigo nisso. Vai acontecer”, escreveu Trump, na noite deste domingo (27).

A realização da cúpula foi posta em dúvida diversas vezes desde o primeiro anúncio, em março deste ano, que seguiu uma escalada de tensão entre as coreias, o Japão e os Estados Unidos envolvendo os testes balísticos do programa nuclear norte-coreano. Na última quinta-feira (24), Trump chegou a cancelar oficialmente sua ida ao encontro por conta da "hostilidade" de manifestações públicas de autoridades norte-coreanas, mas, pelo que indicou nas redes sociais, voltou atrás dessa posição.

O recuo de Trump se deu um dia após encontro entre o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano no vilarejo de fronteira Panmunjon. A reunião, que durou cerca de duas horas, aconteceu um mês após o histórico primeiro encontro entre os mandatários.

A conferência dos coreanos não foi anunciada e surpreendeu a comunidade internacional. Em comunicado, o governo sul-coreano afirmou que os dois líderes conversaram sobre a realização da cúpula com os EUA e sobre a implementação da Declaração de Panmunjom, que poderá avançar a desnuclearização total da península.

A Coreia do Sul tem mediado as conversas entre os dois países e havia declarado ter ficado perplexa com o cancelamento por parte de Trump. A Coreia do Norte manifestou preocupação com o que classificou como “exigências unilaterais dos EUA”. O ministro do Exterior da Coreia do Norte, Kim Kye-Gwan, ressalta que o antagonismo existente entre o seu país e os EUA deixa notória a “necessidade urgente” de um encontro diplomático.

*Com informações da Deutsche Welle

Edição: Diego Sartorato