Campo e cidade

Editorial: Agroecologia rima com democracia

Em Curitiba, Jornada de Agroecologia mostra a possibilidade da produção de comida de verdade com experiências populares

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Jornada traz projeto de uma nova sociedade no diálogo entre campo e cidade, entre produção e consumo e entre movimentos sociais e sociedade
Jornada traz projeto de uma nova sociedade no diálogo entre campo e cidade, entre produção e consumo e entre movimentos sociais e sociedade - Joka Madruga

Construída pela primeira vez em 2002, a Jornada de Agroecologia completa em 2018 sua 17ª edição, fruto da construção dos agricultores e agricultoras paranaenses que buscam outro modelo de produção agrícola com valorização do trabalho, da biodiversidade e da soberania alimentar brasileira. 

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Este ano a jornada está num contexto peculiar. Em 2018 completamos 30 anos da Constituição Federal, mas com extremo desmonte das conquistas democráticas e das políticas públicas construídas desde 2002. É evidente a inclinação do atual governo federal para um modelo agrícola dependente, com a base ancorada no monocultivo exportador, nas sementes transgênicas e na alta utilização de agrotóxicos, com impactos severos ao povo brasileiro. 

Assim, neste ano, a Jornada de Agroecologia, realizada pela primeira vez na capital paranaense, palco das maiores disputas políticas no país, tem o papel de relacionar a necessária união da democracia e da agroecologia. 

A jornada ainda traz um projeto de uma nova sociedade no diálogo entre campo e cidade, entre produção e consumo e entre movimentos sociais, professores/as e pesquisadores, técnicos e a sociedade em geral. Nos quatro dias em que será realizado, o evento mostrará a possibilidade real da produção de comida de verdade a partir de experiências populares, diversificadas, inovadoras, viáveis e ecológicas. 

 

 

Edição: Laís Melo