Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

Presidenciais

México enfrenta desafio de eleições limpas após processos suspeitos de fraude

Depois das denúncias de fraude de 2006 e 2012, país realiza reformas e inaugura novas regras no pleito deste ano

15.jun.2018 às 17h32
Caracas (Venezuela)
Fania Rodrigues
Candidatos a presidente disputam eleições em turno único de votação

Candidatos a presidente disputam eleições em turno único de votação - Reprodução

Após duas eleições marcadas por denúncias de fraude e de uma ampla reforma no sistema eleitoral realizada em 2014, a democracia mexicana será posta à prova no próximo 1º de julho, quando o povo irá às urnas para eleger seus novos governantes e legisladores. O desafio é superar a desconfiança que pesa sobre o sistema eleitoral depois dos pleitos de 2006 e 2012, quando foram eleitos Felipe Calderón (2006) e o atual mandatário, Enrique Peña Nieto (2012). 

No México, o voto não é obrigatório e a média de participação é de 63% do eleitorado. Atualmente, cerca de 86 milhões de mexicanos estão habilitados a votar. Nestas eleições, serão escolhidos 500 deputados federais, 128 senadores e o presidente da República, para um mandato de seis anos. Além disso, 30 estados irão realizar eleições locais para prefeitos e vereadores. E oito estados também vão escolher seus governadores. Cada unidade federativa possui seu próprio calendário eleitoral, por isso as datas de alguns processos não coincidem.

Outra peculiaridade do sistema mexicano é que não existe segundo turno na escolha do Executivo, o que faz com que o presidente seja eleito com aproximadamente 37% dos votos, segundo os resultados dos últimos dois processos eleitorais. O resultado mais polêmico foi em 2006, quando Felipe Calderón foi declarado vencedor com 35,91% dos votos e o segundo colocado, Andrés Manuel López Obrador, obteve 35,29%. 

Doze anos depois, o sistema de turno único beneficia López Obrador, candidato pelo partido progressista Movimento de Regeneração Nacional (Morena), que lidera as pesquisas com 49% das intenções de votos. Aparecem em seguida Ricardo Anaya Cortés, com 28%, pelo Partido de Ação Nacional (PAN), a segunda força política do país; e, logo depois, o candidato Antonio Meade Kuribreña, com 21%, apoiado pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI), o maior do México. Juntos, os dois candidatos de partidos de direita somariam 49% dos votos. 

Segundo o dirigente do Movimento de Libertação Nacional (MLN) Marcos Tello, o poder político desse dois partidos, caso estivessem unidos, poderia ir muito além do que apontam as pesquisas de intenção de votos. “Desta vez, esse sistema convém à esquerda, porque no marco do sistema eleitoral e do regime político oligárquico que tínhamos, a esquerda possuía muito pouca chance de ganhar em segundo turno. Os dois grandes partidos que se apresentam como centro-direita marcham juntos desde 1981. Caso existisse segundo turno, esses dois partidos teriam condições de controlar até 60% da votação”, aponta o dirigente social.

Reforma

Em 2014, o sistema político mexicano passou por mudanças estruturais com o objetivo de democratizar o processo. Essas mudanças são fruto de reivindicações de alguns setores políticos, sobretudo dos partidos e atores da esquerda mexicana. De acordo com Tello, a reforma política e do sistema eleitoral foi uma medida para reconciliar os setores políticos. “A reforma de 2012, impulsionada pelo presidente Enrique Peña Nieto, fez concessões a aqueles que questionavam sua eleição. O presidente acolheu as principais críticas, que tinham a ver com o uso excessivo dos meios de comunicação e a compra ilegal de tempo de rádio e televisão”, destaca o dirigente social, que também é sindicalista, membro da Coordenação Nacional de Trabalhadores da Educação.

Entre as principais mudanças está a implementação das candidaturas independentes. Os cidadãos mexicanos que desejarem ser candidatos a um cargo público não precisam estar filiados a um partido político, basta reunir 1% de assinaturas do eleitorado para legitimar a candidatura.

Um dos atuais candidatos fez essa opção. Trata-se de Jaime Rodríguez, conhecido como El Bronco. Apesar de não ter reunido o número de assinaturas suficiente, o Tribunal Eleitoral do México autorizou sua participação, alegando que o tempo estabelecido pelo organismo eleitoral não era suficiente para recolher esse número de assinaturas, cerca de 789 mil, que corresponde ao percentual estabelecido pela lei de acordo com o último processo eleitoral.

A reforma política estabeleceu ainda a paridade entre homens e mulheres para os cargos legislativos. A participação feminina ficou estabelecida em 50%. Assim, também foi legalizada a reeleição para os cargos de deputados, senadores e vereadores, que agora podem ser eleitos por até dois mandatos consecutivos, em um total de 12 anos.

Além disso, foi criado o Instituto Nacional Eleitoral, que substituiu o Instituto Federal Eleitoral. Na prática, essa mudança representa o deslocamento de poder, que antes era descentralizado e sofria forte influência política dos governos estaduais e, agora, o poder eleitoral terá mais autonomia.

Recursos ilegais

O dirigente do MLN Marco Tello afirma ainda que os partidos opositores que questionavam a legitimidade das eleições de 2012, apontavam irregularidades no uso de recursos e excesso de propaganda eleitoral, por isso exigiam mudanças na legislação. “Em 2012, López Obrador questionou o uso de recursos alheios ao orçamento oficial [caixa 2]. Isso ocorria por meio de recursos estatais com a ajuda de alguns governadores, também através de empresário e grupos do crime organizado, que aqui no México estão muito articulados com o empresariado e alguns membros das forças de segurança do Estado”, analisa. 

Para o candidato a deputado pelo partido Morena, Alejandro Chávez, uma das mudanças positivas no sistema é a fiscalização em relação aos recursos de campanha para evitar o seu uso abusivo. “Os recursos financeiros usados durante o período de campanha estão sendo fiscalizados com uma lupa. Isso é importante para evitar o uso de dinheiro ilegal, mas, somente ao fim de tudo, terminadas as eleições, é que vamos poder constatar quão efetiva foi essa fiscalização e se conseguiu garantir a transparência do processo”, ressaltou Chávez, que é candidato no estado de Puebla, localizado no centro-sul do país.

Um dos problemas do modelo político e do sistema eleitoral mexicano, segundo especialistas, é a impunidade dos crimes eleitorais. “Nos últimos 15 anos, nenhuma pessoa foi presa por coação de eleitores, nenhum político foi sentenciado por compra de voto e tão pouco foi preso algum funcionário do Estado processado por desvio de recursos públicos”, apontou o cientista político Luis Carlos Ugalde, ex-assessor do Instituto Federal Eleitoral, em artigo publicado pelo site Animal Político.

Editado por: Pedro Ribeiro Nogueira
Tags: méxico
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

PAREM O FIM DO MUNDO

Artistas e ativistas protestam no Recife Antigo contra ameaças de retrocesso ambiental, neste domingo (13)

LEI

Pessoas com deficiência terão cotas no ensino técnico e superior de SP

RECUPERAÇÃO

Bolsa de Valores de Caracas é uma das mais valorizadas do mundo em 2025 

Crise

Taxação de Trump trava exportações brasileiras e deixa toneladas de mel e peixe encalhadas

FEMINICÍDIO ZERO

Em audiência com ministra das Mulheres, Eduardo Leite se compromete com instalação da Casa da Mulher Brasileira

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.