Paraná

Paralisação

Petroleiros mobilizam-se na Repar contra privatização da Petrobras

Data marca o fim do prazo para empresas interessadas na compra se habilitarem

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Na Repar, o Sindipetro  realizou paralisação de duas horas, recordando também que a privatização piora as suas condições de trabalho
Na Repar, o Sindipetro realizou paralisação de duas horas, recordando também que a privatização piora as suas condições de trabalho - Davi Macedo

Na segunda-feira (18), ao menos quatro unidades do Sistema Petrobras pelo país afora amanhecem com protestos dos petroleiros. É o chamado "Dia Nacional de Luta em Defesa da Petrobras". 

A data marca o prazo final para a seleção das empresas que se inscreveram como interessadas na compra de 60% das refinarias anunciadas pela Petrobras. 

Na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), o Sindipetro Paraná e Santa Catarina realizou paralisação de duas horas, recordando também que a privatização piora as suas condições de trabalho. 

"O salário dos terceirizados está em 1300 reais. Que volte a ser uma empresa que impulsionou empregos de qualidade", afirma Anacelie Azevedo, diretora, afirmando que toda semana tem alguma atividade de mobilização pela redução dos preços da gasolina, contra a privatização e pelo fortalecimento da empresa.

No final de abril, a Petrobras colocou à venda dois grupos de ativos no refino, um no Sul, com a oferta de duas refinarias (Repar e Refap), 736 km de oleodutos e 7 terminais da Transpetro, e outro no Nordeste, também com duas refinarias (Rlam e Rnest) e 770 km de oleodutos e outros 5 terminais.  

"Não temos necessidade de importar combustível. O governo Temer está em fim de feira e quer vender tudo, bancos, correios. Nossa greve, que vamos organizar, deve ser forte e com grande mobilização", afirma Roni Barbosa, petroleiro e integrante da CUT nacional.

Edição: Laís Melo