Dia 26 de junho (terça), a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) avalia um pedido da defesa de Lula que contesta a prisão, alegando a necessidade de o ex-presidente responder em liberdade, de forma que a pena seja suspensa até que os tribunais superiores analisem os recursos. O contexto de candidatura de Lula e a absolvição nesta semana de Gleisi Hoffmann, presidenta do partido, no STF geram expectativa sobre a suspensão da prisão.
Porém, o plenário do Supremo já rejeitou um habeas corpus anterior solicitado pela defesa do ex-presidente. De maneira geral, não é possível neste momento depositar confiança no Judiciário, cujo mesmo STF condenou Lula à prisão e tem sido um poder denunciado pelas organizações populares por limitar o amplo direito a defesa, pela seletividade e velocidade em algumas condenações, o que não acontece em outras.
A resistência e apoio popular à candidatura de Lula e a denúncia de falta de provas no caso do triplex são a garantia de manutenção da democracia neste momento. Há um ano atrás, no mesmo 26 de junho, em Curitiba, a Câmara Municipal aprovava com uso de força policial o pacote de ajuste fiscal, o chamado Pacotaço, um programa de arrocho contra trabalhadores da cidade e de penalização do povo mais pobre.
Edição: Pedro Carrano