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Democracia

“Foi uma batalha decisiva”, lembra Franklin Martins sobre passeata dos 100 mil

Nesta terça (26), país relembra 50 anos de manifestação, marcada pelo combate à ditadura

26.jun.2018 às 16h48
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h43
Brasília (DF)
Cristiane Sampaio
Passeata dos 100 mil, em 1968, no Rio de Janeiro, em foto clássica do fotógrafo Evandro Teixeira

Passeata dos 100 mil, em 1968, no Rio de Janeiro, em foto clássica do fotógrafo Evandro Teixeira - Foto: Evandro Teixeira

Nesta terça-feira, completam-se 50 anos de um capítulo simbólico da história da luta por democracia no Brasil. Em 26 de junho de 1968, quando o país amargava o quarto ano de uma ditadura civil-militar que duraria duas décadas, as ruas do Rio de Janeiro foram tomadas pela demonstração política massiva que viria a ser conhecida como “passeata dos 100 mil”.

Quem ajuda o Brasil de Fato a contar esta história — e não só na condição de testemunha ocular, mas de sujeitos ativos nesse episódio — são lideranças consideradas referência histórica para a juventude de esquerda de hoje, mas que, na época, eram militantes anônimos na mulitdão.

 

O jornalista Franklin Martins, então estudante universitário, relata que, quando o protesto foi anunciado pelos estudantes, a expectativa era de um desfecho violento. Mas a força do movimento teceu um outro destino para a passeata.  

“A ditadura disse que não permitiria de jeito nenhum, que iria dissolver [o protesto], e ali eles estavam começando a dissolver as manifestações à bala, então, ia ser uma carnificina. Mas o movimento estudantil manteve, e eles foram obrigados a recuar. A ditadura sofreu uma derrota muito grande. Foi uma coisa muito forte”, resgata Martins.

Clique abaixo e ouça trecho de discurso do líder estudantil Vladimir Palmeira em que ele avisa que havia promessa de violência contra os manifestantes: 

Segundo a historiadora Maria Aparecida Aquino, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), o nome sob o qual ficou conhecido o protesto era uma referência à multidão que se aglomerou nas ruas do Rio durante o ato. Não há, no entanto, uma estatística segura a respeito do público presente uma vez que o país não tinha uma contagem oficial de público em situações como essa.

O que se sabe ao certo é que o total de manifestantes saltava aos olhos diante do que se observava nos protestos da época – uma consequência direta da crescente insatisfação popular com o regime militar.

Estudantes picham prédio no centro do Rio durante a passeata. Foto: Memorial da Democracia

Batalha decisiva

Naquele sombrio 1968, a então estudante de Ciências Sociais Linda Taya contava apenas 22 anos e tinha acabado de ingressar na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) quando se sentiu conclamada a se somar aos manifestantes que bradavam contra o golpe de 1964 e seus desdobramentos.  

Hoje com 71 anos, ela conta que o passar do tempo já apagou parte das lembranças do dia, mas não foi capaz de comprometer a comoção gerada pelo protesto.

"O que mais vem à tona, em primeira mão, é a emoção daquele momento, [com] todo mundo seguindo, uma enormidade de pessoas que protestavam com relação àquilo e com relação a tudo que estava existindo naquele momento em termos políticos", conta.

Martins acrescenta que um dos destaques da passeata era o caráter plural da massa de manifestantes que se aglutinavam pelas ruas cariocas para engrossar o coro contra as atrocidades da ditadura.  

“O movimento estudantil ganhou uma batalha decisiva e não ganhou sozinho, porque muitos artistas foram pra manifestação, muitos intelectuais, sindicalistas, o povo em geral — office boy, contínuo do prédio, trabalhador. Foi uma coisa de proporções monumentais”, recupera o jornalista.

Chico Buarque e Vinícius de Moraes participam do protesto. Foto: Memorial da Democracia 

Maria Aparecida Aquino destaca que a diversidade de atores presentes no ato assinala que, ao contrário do que achavam alguns grupos do período, a oposição ao regime era forte e combativa.

“Isso quer dizer que a sociedade civil no Brasil estava muito articulada, e articulada em torno de uma ideia que é ser contra a manifestação do regime, que é um regime ilegal e ilegítimo, constituído a partir de um golpe de Estado”, complementa.

Convulsão social e AI-5

Em um resgaste histórico, a professora ressalta ainda que o momento era considerado dramático para o Brasil porque o país sofria um enrijecimento do regime inaugurado com o golpe de 1964.  

Em março do mesmo ano, por exemplo, os opositores da ditadura assistiram, atônitos, à morte do secundarista Edson Luís, assassinado pela polícia durante um protesto. Na intenção de maquiar o episódio, o caso do estudante foi oficialmente tratado como suicídio.

 

Mais de 50 mil pessoas seguem o cortejo fúnebre de Edson Luís. Foto: Memorial da Democracia

O jovem não tinha envolvimento com o ato ou com movimentos políticos e sua morte causou uma convulsão social no país, que passou a contar com respostas ainda mais duras às manifestações populares.

Mais tarde naquele ano, em 13 de dezembro, a população foi surpreendida com o Ato Institucional Nº 5 (AI-5), instrumento utilizado para suspender uma série de direitos democráticos.

Nesse contexto, Maria Aparecida Aquino afirma que a “passeata dos 100 mil” precisa ser compreendida e interpretada à luz do momento histórico em que se insere.

"Ela não pode ser vista isoladamente. Tem que ser vista num conjunto de manifestações que mostravam qual era a condição do Brasil naquele momento. Então, a passeata é um dos elementos muito significativos. Ela mostra um Brasil ativo e forte naquele momento e se manifestando contra as formas de violência [utilizadas] por parte do Estado", pondera.

Multidão toma a avenida Presidente Vargas, no centro do Rio. Foto: Memorial da Democracia

Editado por: Diego Sartorato
Tags: ditadura civil-militarhistóriaprotestoradioagência
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