Protesto

Movimento Sem Teto ocupa Ministério das Cidades em Brasília

Manifestantes exigem negociações com o Ministério das Cidades para a ampliação da modalidade Entidades Urbanas

Brasil de Fato | São Paulo |
Trabalhadores sem teto ocupam Ministério das Cidades na tarde desta terça-feira (3)
Trabalhadores sem teto ocupam Ministério das Cidades na tarde desta terça-feira (3) - Divulgação MTST

Um grupo de manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam na tarde desta terça-feira (3) a sede do Ministério das Cidades, em Brasília. Eles protestam contra os cortes no programa habitacional Minha Casa Minha Vida, que teve uma redução de mais de 90% do orçamento, desde o golpe, em 2016.

Josué Rocha, da coordenação nacional do MTST, explica que a redução orçamentária impactou fortemente o número de unidades habitacionais entregues, principalmente nas modalidades voltadas para pessoas de baixa renda, como o Minha Casa Minha Vida Entidades Urbanas, voltado a atender a demanda da sociedade civil organizada em torno do direito a moradia. 

“Essa ocupação tem o objetivo de exigir do ministério das cidades mais recursos para o programa Minha Casa Minha Vida Entidades. A gente teve uma nova portaria do ministério que prevê a construção de 10 mil unidades nessa modalidade. O que para nós é insuficiente para atender a todas as entidades de luta por moradia no país inteiro”, disse Rocha.

Os trabalhadores sem teto exigem ser recebidos pelo ministro das cidades Alexandre Baldy, e prometem que só irão desocupar o edifício depois que a demanda seja atendida. 

Menos moradias

O programa Minha Casa Minha Vida teve o orçamento reduzido de R$ 23,55 bilhões em 2015 para R$ 8,40 bilhões em 2016, como já noticiado pelo Brasil de Fato.

O Minha Casa Minha Vida foi implementado em 2009, e de lá pra cá já fechou contratos para 4 milhões de unidades habitacionais, com investimento total de mais de R$ 270 bilhões, de acordo com o Ministério das Cidades. 2,3 milhões unidades foram entregues nos nove anos do programa.

A reportagem entrou em contato com o Ministério das Cidades, mas até o momento da publicação desta matéria, ainda não havia tido retorno.

 

Edição: Juca Guimarães