Pernambuco

DEBATE

Plataforma, análises e desafios para a classe trabalhadora

Atividade contou com a presença de dirigentes da CUT PE, MST e do conselho editorial do BdF PE

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Debate foi a finalização da Plataforma da Classe Trabalhadora
Debate foi a finalização da Plataforma da Classe Trabalhadora - CUT PE

A  Plataforma da Classe Trabalhadora para o Estado de Pernambuco foi finalizada na tarde/noite desta terça-feira (24/07), durante a plenária geral realizada no auditório do Sindsep-PE. O encontro, promovido pela CUT-PE e movimentos sociais, reuniu mais de 10 sindicatos da base cutista e entidades ligadas às lutas dos trabalhadores e trabalhadoras. Além disso, houve um debate com o coordenador geral do MST, João Pedro Stédile. As plenárias tiveram início no último mês de março, na cidade de Petrolina, e basicamente debateram temáticas  como serviço público, emprego e renda, saúde do trabalhador, agricultura familiar, mulheres, juventude e LGBTs. Participaram da construção da Plataforma representantes dos sindicatos filiados a CUT, movimentos sociais, trabalhadores e trabalhadoras de forma em geral, além de especialistas em cada área.

No início dos trabalhos, o presidente em exercício da CUT Pernambuco, Paulo Rocha e a secretária da mulher trabalhadora, Liana Araújo, coordenam a mesa de abertura e explicaram que as propostas sistematizadas foram discutidas durante as 12 plenárias regionais, cujo objetivo é contribuir para melhoria da qualidade de vida da classe trabalhadora pernambucana, com mais oportunidades, geração de emprego e renda, entre outras. Depois de concluída, a Plataforma será entregue aos candidatos ao governo do Estado de Pernambuco. Com a entrega do documento, os representantes dos trabalhadores querem que os candidatos ao governo se comprometam a implementar a Plataforma, caso sejam eleitos.

Compromisso com a classe trabalhadora

O presidente Paulo Rocha, frisou que somente aqueles candidatos que assumirem o compromisso e a responsabilidade de colocar seus mandatos a serviço dos interesses coletivos da população, deverão contar com o apoio e o voto do trabalhador e da trabalhadora. “É importante para todos nós termos representantes comprometidos com a defesa de nossas pautas e bandeiras de lutas”, salientou.

Em sua participapação, o coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, comentou sobre a conjuntura política, a luta de classes, às eleições e as crises econômica, social e ambiental, além do golpe ilegítimo da burguesia e midiático. Com tom bastante incisivo e objetivo, Stédile, refletiu sobre o atual cenário político e, logicamente, com a inclusão de Lula na disputa da corrida presidencial em outubro.

Lula: símbolo eleitoral da classe trabalhadora

João Pedro Stédile confirmou que ao visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 05 de julho, ele reafirmou sua disposição de disputar a presidência da República. “Ele disse: ‘serei candidato até as últimas consequências. Custe o que custar. Digam a todos que sou candidatíssimo”, afirmou. Para completar, Stédile completou "Lula é maior do que PT, maior do que a esquerda, do que ele mesmo, apesar de vir a ser uma contradição para os golpistas. Ele é o símbolo eleitoral da classe trabalhadora. Símbolo é uma coisa inatingível. Nesse cenário, eleger Lula é fundamental", pontuou. Assinalou que a força da comunicação popular é imprescindível para combater os golpistas.  “ Nós temos que usar os meios de comunicação como classe; rádio comunitária, boletins do sindicatos tablóide do Brasil de Fato, TV universitária, pichação, bonecos de Olinda, todas são formas de comunicação popular, mas nós temos que ter intencionalidade”, afirmou.

 

Seguindo ele, os golpistas, foram com muita sede ao pote e, destruíram a economia brasileira, o que gerou inquietações e contradições entre os empresários, quebrando a unidade deles. Eles estão desesperados. “Os únicos setores do Brasil que estão ganhando dinheiro são os bancos e as empresas transacionais. O preço do golpe foi de 20 milhões de trabalhadores desempregados e de 23 milhões de trabalhadores precarizados, ou seja, 43 milhões fora da produção e da economia real. Isso é uma política estúpida", destacou.

10 de agosto, Dia do Basta!

Logo após a intervenção de Stédile, os companheiros e companheiras presentes fizeram posicionamentos e declarações em defesa das lutas da classe trabalhadora, pela liberdade e o direito do ex-presidente Lula concorrer às eleições como candidato à Presidência, com o compromisso de revogar as medidas nefastas do governo golpista e convocar Assembleia Constituinte para fazer as reformas necessárias ao fortalecimento da democracia, à retomada do crescimento, à geração de emprego de qualidade e à promoção de um novo ciclo de desenvolvimento sustentável."

Para finalizar, o presidente Paulo Rocha, reforçou que a  CUT está preparando uma mobilização nacional para o dia 10 de agosto. A data recebeu o nome de Dia do Basta, com base em cinco frentes de combate a retrocessos instituídos desde o golpe de 2016. Organizado pela CUT e demais centrais sindicais, no dia 10 de agosto, os trabalhadores e trabalhadoras realizarão paralisações, atrasos de turnos e atos para dar um basta aos desmandos do ilegítimo Temer

Por meio de seu site oficial, a CUT divulgou uma carta com orientações sobre o Dia do Basta. O texto explicita as principais pautas da mobilização.

Serão cinco frentes principais: basta de desemprego; basta de aumento do preço do gás de cozinha e dos combustíveis; basta de retirada de direitos da classe trabalhadora; basta de privatização; e basta de perseguição ao ex-presidente Lula.

Portanto, a manifestação será voltada à resistência contra a gestão entreguista e elitista do governo Temer, lutando por um país democrático, com a criação de políticas públicas voltadas à classe trabalhadora e eleições livres.

Vamos à luta!

*Material produzido pela CUT PE

Edição: Catarina de Angola