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Infância

Encontro Nacional de Sem Terrinhas uniu diversão, aprendizado e mobilização

Cerca de 1.200 crianças se reuniram durante quatro dias em Brasília em evento inédito

27.jul.2018 às 09h03
Brasília (DF)
Rafael Tatemoto
Encontro teve diário para crianças registrarem suas impressões sobre as atividades e debates

Encontro teve diário para crianças registrarem suas impressões sobre as atividades e debates - MST

Vindas dos 24 estados onde atua o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), 1.200 crianças se reuniram durante quatro dias em Brasília (DF) para participarem do primeiro Encontro Nacional das Crianças Sem Terrinha. Entre 23 e 26 de julho, a garotada participou de atividades culturais, pedagógicas e políticas. 

O MST já realizava reuniões deste tipo em nível estadual desde 1994. O Encontro Nacional foi fruto de dois anos de atividades preparatórias. Nesta primeira edição, sob o lema “Sem Terrinha em Movimento: Brincar, Sorrir, Lutar por Reforma Agrária Popular!”, os principais temas de debate foram os direitos da criança e a questão da alimentação saudável. 

Educação no campo

A primeira plenária do encontro, realizada na terça-feira (24), se dedicou ao tema dos Direitos da Criança. A principal questão tratada pelas crianças foi a educação no campo. A sem-terrinha Kaylane Dourado, de Goiás, ressaltou a importância de que o poder público garanta escolas dentro dos assentamentos e acampamentos. 
 
“Quando  a gente vai para a escola, passamos mais tempo dentro do ônibus do que na própria escola. Um dia eu estava indo para escola e a van quebrou. Eu estava de calça branca e lá estava cheio de lama. Minha calça ficou vermelha”, contou. “A gente sai da roça para estudar na cidade, sendo que a gente tem direito de ter escola na roça”, comentou Kaylane. 

Durante os dois anos de preparação do Encontro Nacional, os sem-terrinha debateram a formulação de um manifesto, aprovado durante a reunião em Brasília. Na quarta-feira (25), durante uma visita cultural à Esplanada dos Ministérios, as crianças entregaram o documento, que denuncia o fechamento de escolas no campo, ao Ministério da Educação.

“Lutamos por nossos direitos, que não são cumpridos: nossas estradas são ruins e esburacadas; o transporte escolar quase sempre quebra e entra muita poeira; muitas escolas estão sendo fechadas e outras são longe de nossas casas; falta material e temos poucos livros pra ler. As escolas do campo precisam ter melhores condições. A alimentação das escolas precisa melhorar, ter mais produção da reforma agrária e da agricultura camponesa familiar”, diz um trecho do texto. 

Oficinas

Pelas tardes, os sem terrinha se dividiam em diversas oficinas culturais e lúdicas. Através delas, parte das crianças, por exemplo, foi integrada à equipe de comunicação do Encontro, tirando fotos, escrevendo textos e gravando vídeos. Ao final do encontro, um Jornal Sem Terrinha foi impresso para que os presentes levassem aos estados de origem o resultado de seu próprio trabalho durante o evento. 

 

Josué Rodrigues Costa, de 11 anos, participou de outra das oficinas, a de Construção de Histórias. Nela, o garoto, que deseja se tornar escritor, relatou sua vida no assentamento Dom Tomás Balduíno, localizado na cidade de Formosa, em Goiás. 

“Eu gosto de plantar e colher alimentos orgânicos, sem agrotóxicos, sem qualquer adubo, porque além de prejudicar nossa vida, prejudica a vida dos animais silvestres, como, por exemplo, matam muitos peixes. A regra que tem que ser cumprida é que não poderia usar nenhum tipo de química nas plantas”, escreveu ele em um trecho. 

Cred. imagem: MST

Alimentação

A questão trazida pelo relato de Josué foi o tema da segunda plenária que reuniu o conjunto dos sem terrinha. As crianças debateram como o modelo agrícola predominante no Brasil, que transforma alimentos em mercadoria, é responsável por danos à saúde humana e às culturas alimentares regionais. 

Os sem terrinha ressaltaram o aprendizado familiar sobre a necessidade de preservação das sementes crioulas. De outro lado, defenderam incentivos públicos à produção dos assentamentos e acampamentos.  A sem terrinha vinda do Ceará Dandara dos Santos Feitosa, de dez anos, foi uma das crianças a defender esse ponto de vista. 

“Minha escola é dentro do assentamento. Lá, a merenda escolar é produzida por assentados e assentadas. Os sem terrinha se alimentam do fruto da reforma agrária. Com as pessoas e a natureza convivendo em harmonia, teremos comida saudável em nossa mesa todo dia”, disse. 

O Primeiro Encontro Nacional das Crianças Sem Terrinha foi coordenado pelas próprias crianças durante os quatro dias de atividades. Cerca de 400 educadores auxiliaram-nas nesta tarefa. 

 

Editado por: Juca Guimaraes
Tags: mstradioagênciasem terrinha
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