O PT mantém a estratégia traçada em relação à candidatura a vice, delegando à executiva do partido a definição do cargo até o dia 14 de agosto. É o que informou Gleisi Hoffmann, ao lado de Fernando Haddad, em coletiva de imprensa realizada na frente da sede Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontra-se preso há mais de cem dias. A informação contradiz os rumores na imprensa de que a vaga já estaria definida.
Haddad e Gleisi passaram cerca de duas horas em conversa com o ex-presidente. Na convenção partidária deste sábado (4), haverá um debate sobre o nome a vice, mas apenas o nome de Lula estará referendado como o de candidato à presidência. “Manteremos a determinação e orientação de homologar a candidatura de Lula e delegar a comissão executiva a vice na data anterior à candidatura de Lula [15 de agosto]”, afirmou Gleisi, completando que não há jurisprudência para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) oriente a definição de chapa 24 horas após o prazo para convenção partidária.
A presidenta do PT não afastou a possibilidade de aliança com o PC do B, tendo Manuela D'ávila como vice. “Vamos seguir a regra que sempre se seguiu na Justiça Eleitoral. Se tivermos condições de aliança a vice, vamos fazer, inclusive com outras alianças, senão vamos delegar à comissão executiva para definir o nome de vice na véspera da inscrição do presidente Lula”, esclareceu Gleisi.