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Referendo em Cuba terá a participação de cubanos residentes em 120 países

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Cuba vai promover ainda este ano uma consulta popular para aprovar uma nova Constituição e substituir a de 1976
Cuba vai promover ainda este ano uma consulta popular para aprovar uma nova Constituição e substituir a de 1976 - Divulgação
Em que órgãos de imprensa aqui do Brasil será divulgada essa informação?

Cuba vai promover ainda este ano uma consulta popular, ou seja, um referendo para aprovar uma nova Constituição, para substituir a de 1976. E acrescente-se, mais de um milhão e 400 mil cubanos residentes em 120 países nos cinco continentes - a maioria nos Estados Unidos - poderão votar.

É o caso então de perguntar: em que órgãos de imprensa aqui do Brasil será divulgada essa informação? Ou será que os tais espaços midiáticos continuarão entoando a cantilena de sempre, segundo a qual Cuba é uma ditadura? Ou será que um referendo dessa natureza incomoda aos colunistas de sempre que repetem essa informação, que, na verdade, não resiste a uma análise mais profunda.

O povo cubano elege, desde o triunfo da Revolução, que no ano que vem completa 60 anos, os seus representantes, escolhidos com total liberdade e não sofrem a ação de grupos econômicos que bancam candidaturas, que sendo eleitas para o Congresso ou Presidência da República vão defender interesses de quem os bancou.

Essa é uma realidade que não se pode negar, tanto que grupos empresariais aqui no Brasil foram impedidos de continuar a fazer isso. Resta saber se tal determinação será mesmo para valer ou os mesmos bancadores, em conluio com alguns candidatos, encontrarão fórmulas para driblar a legislação que entrou em vigor agora?

Mas, voltando a Cuba, vale informar ainda que para facilitar a participação dos cubanos que estão no exterior no sentido de se manifestarem sobre o projeto da nova Constituição, o Ministério das Relações Exteriores da ilha caribenha colocou à disposição dos interessados em votar uma seção do portal www.nacionnyemigracion.cu.

É fundamental a divulgação dessa informação, porque os que insistem em divulgar que o regime cubano é uma ditadura são até capazes de responder que se trata de fake news. Mas a informação sobre a participação de cubanos residentes no exterior é uma verdade na pura acepção da palavra e que de uma vez por todas acaba com o conceito errado, divulgado durante muitos anos pela mídia comercial dos mais variados quadrantes.

Por isso os leitores devem divulgar essa informação onde puderem e até mesmo cobrar dos espaços midiáticos que sonegam o fato, na prática, obrigando-os a informar uma verdade que possivelmente os incomoda.

Em suma, como lembra o jornalista Pedro Martinez Pires, “dessa forma se torna realidade o que disse o patriarca da independência de Cuba, Jose Marti, em 25 de novembro de 1891 no Liceu cubano de Tampa, ao finalizar um vibrante discurso aos emigrantes de seu país, com uma frase que se tornou célebre: “com todos e para o bem de todos”.

Edição: Jaqueline Deister