Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Marcha Lula Livre

Os três sonhos de Helena, guerreira do MST de Alagoas

Em sua primeira marcha nacional com o movimento, ela comemora ter encontrado um meio de vida coletivo

14.ago.2018 às 10h42
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h44
Brasília (DF)
Diego Sartorato
Maria Helena da Silva durante a caminhada entre Sobradinho e o Parque Ecológico do Torto, nesta segunda-feira (13)

Maria Helena da Silva durante a caminhada entre Sobradinho e o Parque Ecológico do Torto, nesta segunda-feira (13) - Foto: Júlia Dolce

A primeira vez que os sonhos de Maria Helena da Silva, de 41 anos, voaram alto, foi na adolescência. Apaixonada por futebol, ela integrou as categorias de base do CSA, time tradicional de sua terra, Alagoas, graças aos próprios esforços: para garantir o suporte financeiro de sua permanência no esporte, ofereceu-se para cuidar do filho da patroa do pai, produtor rural. O esforço rendeu frutos: seu talento rendeu patrocínios e chamou a atenção de um olheiro do Fluminense, que a convidou ao Rio de Janeiro para jogar pelo time. "O que eu queria era vestir a camisa da Seleção Brasileira, eu tinha essa visão lá na frente. Esse era um caminho, né?", conta.

Infelizmente, não foi daquela vez. "Meu pai dizia que eu ia mulher e ia voltar lésbica, que eu ia ser influenciada, que as pessoas iam falar. Eu dizia: 'papai, eu sou eu, o meu interesse é o jogo', mas não adiantou, a visão dele era outra, ele me tirou do jogo", relembra.

A desilusão precoce marcou o início de uma vida profissional eclética: em desafio –"Ah, decidi ser independente, acho que foi isso mesmo, né? Rebeldia, desafio mesmo"– ao preconceito em sua comunidade, dedicou-se a diversas profissões consideradas "masculinas". Helena foi pedreira, serralheira, técnica de laboratório, segurança, bombeira civil e dona de restaurante. Mas onde depositou um novo sonho foi na profissão de serralheira.

"Aprendi numa oficina da minha cidade, trabalhei por três meses. Primeiro, eu produzia lixeiras, e recebia 20 reais por cada uma. Quando comecei a entregar cinco por dia, o dono da oficina disse que não ia ter como me pagar. Então comecei a fazer portões, mas ele decidiu me dispensar, para que eu não fosse concorrência", diz.

Seu objetivo era mesmo aprender a profissão para ter sua própria serralheria, mas não para concorrer com o então patrão. "Tem espaço pra todo mundo, né?". Ela conseguiu abrir o próprio negócio, mas não encontrou felicidade duradoura: a amizade com o serralheiro que a ensinou a profissão virou mesmo uma relação de concorrência, centrada no dinheiro, e acabou. "Eu passava para ele o que não conseguia fazer, mas ele me cobrava como se eu fosse subordinada a ele", protesta.

"Sempre me senti revoltada com quem acha que a mulher tem que estar atrás do fogão, de não dar oportunidade, criando dificuldade onde não tem, sempre para rebaixar nós mulheres. Se você é repórter e eu sou repórter, temos que ganhar igual, não tem isso aí", explica. "Eu não me sentia um ser humano, eu ainda não sabia que era porque esse é o sistema da burguesia, essa compreensão veio quando entrei para o movimento, mas é algo que me deixava revoltada".

Hoje, Helena participa de sua primeira marcha com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), como integrante da coluna Ligas Camponesas. Ela vive no acampamento Rosa Luxemburgo, em Barra do Santo Antônio, e luta para transformá-lo em assentamento. Enquanto participa do ato político que exige a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seus companheiros encaram um despejo por ordem judicial, mas isso não abala sua determinação. "Eles podem tirar, mas nada diz que não iremos voltar, né?".

"O movimento me apresentou uma forma de viver coletiva, em que todos cooperam e dividem o que têm. É isso que eu sempre quis, mesmo que não soubesse. Se eu era revoltada, até violenta às vezes, é porque não queria viver naquele individualismo, em que cada um só quer saber do seu, de tirar vantagem do outro", afirma. "No movimento, se você tem uma caneca de café, você divide com todo mundo e todo mundo toma um gole. É assim que tem de ser".

Um dos momentos mais marcantes que viveu com o MST foi ajudar a distribuir toneladas de alimentos agroecológicos às comunidades pobres de seu estado. "As pessoas até pediam a sacola com o símbolo do movimento para ter de lembrança, foi algo que me tocou e me convenceu".

O novo modo de vida é uma conquista que transformou sua vida, mas Helena tem um sonho maior neste momento. "A liberdade de Lula", responde, sem hesitar. "Veja como está o país, 14 milhões de desempregados, sem visão de futuro. Só o Lula pode trazer de volta uma melhora, uma alegria para as pessoas. Eu conquistei muito no tempo dele, isso tem de voltar", pondera.

Editado por: Luiz Felipe Albuquerque
Tags: mst
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

COMIDA PARA O POVO

Da ocupação ao prato: MST mostra que reforma agrária alimenta o Brasil

NEGOCIAÇÕES

Kremlin está aberto a reunião entre Putin e Zelensky, se houver acordo prévio

Liberdade

Mostra de Cinema Antimanicomial inicia com denúncias e cobra fim de hospital psiquiátrico no DF

Violação de direitos

Polícia Militar realiza despejo violento e ilegal contra famílias sem terra na Chapada Diamantina, na Bahia

DESTRUIÇÃO

Israel inicia nova operação em Gaza e mata pelo menos 10 pessoas; cresce pressão por cessar-fogo

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.