Coluna

É mais do que necessário não omitir um gênero de corrupção

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É preciso lembrar a todo instante que Michel Temer se beneficia com isenções de impostos empresas nacionais e multinacionais
É preciso lembrar a todo instante que Michel Temer se beneficia com isenções de impostos empresas nacionais e multinacionais - Agência Brasil/Fabio Rodrigues
A corrupção praticada pelo mercado não seja escondida pela mídia

É necessário que a corrupção que vem sendo praticada pelo mercado não seja escondida nos mais diversos veículos de comunicação. Isso não significa, claro, que se deve poupar políticos, como, por exemplo, Michel Temer e outros do Poder Legislativo. O que se deve pleitear é a não omissão do informe sobre o mercado, como tem feito a mídia comercial de um modo geral.

É preciso, por exemplo, lembrar, a todo instante, que o Poder Executivo, neste caso, o presidente Michel Temer, beneficia com isenções de impostos empresas nacionais e multinacionais. Essa é uma realidade que deve ser informada ao povo brasileiro. Muitas vezes, a forma como vem sendo propagada a corrupção no meio político coloca em segundo plano a corrupção de mercado, que tem prejudicado amplas parcelas da população.

Para tornar mais clara a questão, é preciso informar aos brasileiros e brasileiras o que vem ocorrendo no país e quem está sendo mais prejudicado com a omissão.

Para que isso aconteça é necessário também que os candidatos que disputam as eleições, tanto para o Executivo como para o Legislativo, não deixem de mencionar, onde quer que estejam, essa informação esclarecedora e que ajudará a população a formar opinião e se posicionar sem nenhum tipo de manipulação.

É o que se espera no momento atual em que está se iniciando a campanha eleitoral de 2018, por sinal, a mais curta já ocorrida desde 1989, quando da realização do primeiro pleito presidencial após o fim da ditadura empresarial militar.

Nos debates presidenciais a serem realizados é mais que necessário tal esclarecimento, porque se não for feito, o mais prejudicado será o telespectador-eleitor que sintoniza o debate para se posicionar em quem votar.

Mesmo assim, o fato de estar sendo vetado, na palavra de representantes da Justiça, antes mesmo de uma decisão oficial, o candidato que ocupa o primeiro lugar em todas as pesquisas, já é um fato desabonador para o pleito. Fica cada vez mais claro que há um veto do sistema, o melhor é dizer do mercado, ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas a realidade é clara, todo debate e análise sobre a presidencial de 2018 passa por Lula. Trata-se de um fato que nem os colunistas de sempre têm condição de negar. Se o nome dele for omitido, os colunistas sabem perfeitamente que o leitor, telespectador e ouvinte perceberá claramente a lacuna.

É impossível fugir dessa realidade, por mais que se sintam incomodados os tais colunistas de sempre. Resta aguardar o desenrolar dos acontecimentos e esperar uma decisão judicial sem a interferência do chamado mercado. Será que isso será possível?

Edição: Jaqueline Deister