Rio de Janeiro

LINGUAGEM

Artigo | Esperanto: o idioma neutro que quer eliminar as barreiras linguísticas

Jovens organizam encontro para debater a língua entre os dias 7 e 9 de setembro em Paraty (RJ)

Rio de Janeiro (RJ) |
O idioma neutro, criado em 1887, pelo médico Ludwik Lejzer Zamenhof, tem como objetivo facilitar a comunicação entre os povos
O idioma neutro, criado em 1887, pelo médico Ludwik Lejzer Zamenhof, tem como objetivo facilitar a comunicação entre os povos - Reprodução

Você já ouvir falar no Esperanto? É assim que se nomeia o idioma neutro, criado em 1887, pelo médico Ludwik Lejzer Zamenhof, que tem como objetivo facilitar a comunicação entre os povos, eliminando as barreiras linguísticas e unindo as mais diferentes culturas em igualdade. Para debater e compartilhar aprendizados sobre a língua, está sendo organizado o Vintra Aranĝo (VINA), o Encontro de Inverno da Juventude Esperantista Brasileira, nos próximos dias 7, 8 e 9 de setembro, em Paraty, interior do Rio de Janeiro.

Em sua 5ª edição, o encontro está sendo organizado por esperantistas do Rio de Janeiro e é focado na prática do idioma Esperanto, através de ações como, passeios, debates e atividades artísticas. Busca-se, com isso, a imersão de novos falantes do Esperanto, proporcionando um convívio entre os novos esperantistas e simpatizantes. Durante os três dias, além de praticar o idioma, os participantes poderão conhecer diversos locais históricos de Paraty.

Para Tamiris Queiroz, uma das organizadoras, "o encontro é uma ótima oportunidade para a troca de experiências e para mostrar que o idioma está vivo". Em sua segunda participação, Tamiris acredita que o Esperanto está vivendo uma época de renovação e que o idioma pode estimular as lutas por inclusão e diversidade. Tamiris é uma jovem esperantista, de baixa renda, que reside em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Através do contato com Esperanto teve oportunidade de participar de intercâmbios culturais gratuitos promovidos por organizações de esperantistas.

Existem, atualmente, mais de 35 mil livros em Esperanto e inúmeras obras literárias originais e traduzidas. O Esperanto é empregado em viagens, correspondência, intercâmbio cultural, convenções, literatura, ensino de línguas, televisão e transmissões de rádio.

Hoje o Esperanto também atua como manifesto ao imperialismo linguístico, que atualmente promove a desigualdade nas relações internacionais e ainda perpetua a exclusão social de pessoas que não têm condições de manter o aprendizado do inglês, por não ser um idioma fácil e ainda demandar um alto investimento.

O evento será gratuito. As inscrições podem ser feitas no site: bit.ly/vinaparaty

*Membro da Organização Brasileira da Juventude Esperantista (BEJO)

Edição: Mariana Pitasse