Venezuela

O que se vê na fronteira é reflexo do tratamento geral que se dá as questões sociais

A avaliação é de Igor Fuser, professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Governo Michel Temer pretende utilizar as Forças Armadas, em Roraima, para lidar com venezuelanos quem entram no país
Governo Michel Temer pretende utilizar as Forças Armadas, em Roraima, para lidar com venezuelanos quem entram no país - MateusRovena Rosa/Agência Brasil

Igor Fuser, professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC avalia a decisão do governo Michel Temer de utilizar as Forças Armadas em Roraima, em meio a crise migratória que envolve o Estado brasileiro e venezuelanos que atravessam em busca de abrigo.

Em entrevista à Rádio Brasil de Fato, ele explicou o que esta medida “é típica da postura do desgoverno Temer em relação a tudo que diga respeito a questões de segurança pública neste país, como a intervenção militar no Rio de Janeiro, que não resolveu absolutamente nada, apenas agravou o problema da violência, sem diminuir em nada os índices de criminalidade”. 

No caso de Roraima, segundo o professor, “essa é uma medida que não muda nada de significativo em relação ao problema ali da fronteira e a gente tem do lado brasileiro uma situação de descontrole total que foi criada por setores de extrema direita, pela mídia local, por latifundiários.”. 

Para Igor, a solução seria o Estado brasileiro ter uma política específica para absorver esses imigrantes, dar uma acolhida a eles, digna, descente, como rezam os princípios de humanidade, mas isso não ocorre. O que se vê na fronteira é um reflexo do tratamento geral que se dá as questões sociais no país”.

Edição: Tayguara Ribeiro