7 de setembro

24º Grito das excluídas (os) reúne militantes de várias gerações

Lutadores sociais percorreram o centro de João Pessoa

João Pessoa |
Com o lema “Vida em Primeiro Lugar. Desigualdade Gera Violência: Basta de Privilégio”, lutadores sociais percorreram o centro de João Pessoa
Com o lema “Vida em Primeiro Lugar. Desigualdade Gera Violência: Basta de Privilégio”, lutadores sociais percorreram o centro de João Pessoa - Paula Adissi

O fim de expediente dos trabalhadores e moradores que transitam pelo centro de João Pessoa foi diferente no fim da tarde de ontem, 6 de setembro. Com a antecipação do Grito das excluídas (os), tradicionalmente realizado no sete de setembro, para as véspera do feriado, o contato e a aceitação das pautas do movimento, em especial a que pedia a liberdade do ex-presidente Lula e o direito das pessoas votarem nele nesse pleito. “Uma adesão praticamente cem por cento. Eu acho que o povo está cansado de fato de ser enganado”, avaliou Dora Delfin, uma das organizadores do Grito.


O encontro de gerações também marcou a manifestação. A cantoria e o batuque da juventude e as palavras de ordem dos militantes mais velhos se misturavam na cantoria que durou todo o percurso. Patrícia Renata, da juventude do MST, contou sobre a importância desse momento. “A gente quer ser representada, estamos cansados de ser tão reprimidos, tão excluídos Estamos na luta porque queremos nossos direitos de volta”.

Jovens usa irreverência para mostrar a situação do país. 


De forma criativa os integrantes de movimentos sociais criticaram a situação que passa hoje o país: “o golpe jogou o país na lama, “o Temer jogou o país na lama”, “o STF jogou o país na lama”, “a Globo jogou o país na lama”, diziam os cartazes que iam à frente da caminhada do Grito pelo centro da cidade. A manifestação que acontece todos os anos em setembro é tradição na agenda das organizações populares da cidade.


A passeata saiu da CBTU, passou pelo comércio no centro da cidade até chegar ao ponto de Cem Réis. Lá foi feita uma ciranda, puxada pelo artista paraibano, Escurinho, e falas que se seguiram foram em defesa da liberdade do ex-presidente Lula, pelo direito dele ser candidato e do povo poder votar em na candidatura de sua preferência,  além de falas sobre a crise institucional que se encontra o país.

Candidato ao Senado, o deputado federal Luiz Couto (PT) participa do 24º Grito dos Excluídos.


“Esse ano agente teve grandes limites. Pela situação que o Brasil está passando, quando a gente se encontrou esses últimos dias para pensar o grito a gente dizia assim ‘a gente vai fazer, sabe que não vai ter recurso, vai com a força e a coragem’, explica Dora.


Mesmo com as dificuldades a militante avalia positivamente. “Minha avaliação, é que esse ano ele foi de uma energia. A gente saiu sem um centavo, cada organização que estava contribuiu um pouco, a gente saiu com o que a gente tem, com os nossos argumentos, com o que a gente acredita. A meu ver foi muita energia”.

Edição: Paula Adissi