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Início Política

Amizade

Os bons companheiros de Lula

Caravana de metalúrgicos aposentados visita espaço da vigília pela liberdade do ex-presidente

16.set.2018 às 15h52
Curitiba (PR)
Camila Vida
Wilson Ribeiro, sindicalista que atuou ao lado de Lula no ABC Paulista

Wilson Ribeiro, sindicalista que atuou ao lado de Lula no ABC Paulista - Mauro Calove/Agência PT

Uma caravana de representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a maioria aposentados, esteve no bairro Santa Cândida, em Curitiba. Eles vieram prestar solidariedade a Luiz Inácio Lula da Silva e aos integrantes da Vigília Lula Livre, que resiste há mais de 160 dias pela liberdade do ex-presidente.

Muitos desses trabalhadores militantes que vieram a Curitiba  conviveram com Lula durante as grandes greves do ABC paulista, ainda na década de 70. Muitos relatos históricos caminham em meio aos integrantes da caravana, que visitou a Vigília na última quinta-feira (13). Conheça abaixo suas histórias.

Djalma Bom

Djalma Bom tem 79 anos e foi funcionário da Mercedes Benz no ano de 1975. Foi diretor do Sindicato dos Metalúrgicos em Diadema como suplente do conselho fiscal, a pedido de Lula. Em 1978, tornou-se tesoureiro do Sindicato em São Bernardo. 

Uma das testemunhas que assistiram de perto o levante dos operários na época, ele coloca os elementos que explicam o que aconteceu em São Bernardo naquele momento. “O primeiro fator é a figura do companheiro Lula, com seu carisma, sua intuição e sua liderança. O segundo fator era a exploração do trabalhador dentro das fábricas”, diz. 

Segundo ele, as indústrias de São Bernardo do Campo se pareciam com campos de concentração e a produção funcionava em turnos de 8 horas. “O revezamento era das 6h às 14h, das 14h às 22h e das 22h às 6h da manhã. Praticamente no horário que era de almoçar, os trabalhadores estavam dormindo”, descreve Djalma, que colocou que o terceiro fator para a grandeza que caracterizou as greves do ABC no período foi transformar uma greve de trabalhadores em uma greve política.

“Houve, naquele momento histórico, a unidade de todas as forças políticas do Brasil em busca da redemocratização do Brasil. O companheiro Lula teve uma sensibilidade muito grande, que compreendeu aquele momento histórico. Nós transformamos a reivindicação econômica por melhorias nas condições de trabalho em greve política pelo restabelecimento da democracia no nosso país”, recorda o metalúrgico aposentado.

Atualmente, Djalma canta no coral da terceira idade da USP e atua voluntariamente no Instituto Lula, onde seleciona as cartas que o ex-presidente recebe. “Desde sua prisão, Lula já recebeu mais de 13 mil cartas e eu fico selecionando essas cartas, chorando muito e vendo por que esse homem é tão querido e respeitado. O Lula, ele está preso, mas as ideias dele estão realmente no coração das pessoas”, comenta emocionado.  

Wilson Ribeiro

Wilson Roberto Ribeiro é um senhor negro de 68 anos. Atualmente aposentado, preside a Associação dos Metalúrgicos Aposentados da região do ABC e a Federação dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da CUT. Ele relata que, quando se engajou na militância sindical, em 1974, quem assinou sua carteirinha de associado foi o antecessor de Lula, Paulo Vidal Neto. “Quando eu vim ser metalúrgico em São Bernardo do Campo, eu trabalhava numa firma de médio porte. Naquela época a gente pagava o macacão, a gente pagava a bota, não tinha EPI [Equipamento de Proteção Individual]”, destaca Wilson sobre algumas das condições de trabalho que, até então, deveriam ser dadas pelo trabalhador e não pelo empregador. 

Segundo ele, quando Lula assumiu e primou por mexer em alguns pontos da convenção coletiva, muitas das condições de trabalho melhoraram e passaram a ser obrigação do empregador. “Quando o Lula assume em 74, em 75 praticamente, então muda-se a convenção coletiva. Passaram a ter restaurantes dentro da empresa. Antes a gente mesmo levava as marmitas e muitas vezes, quando a gente parava para comer, alguém tinha comido a marmita da gente, porque estava numa situação ainda pior. Começamos a conquistar os EPIs, a não pagar mais as botinas de segurança, não pagar mais o macacão”, descreve Wilson. Ele coloca que foram situações como estas que tornaram as mobilizações possíveis. 

Em 1978, as mobilizações se deram por 19 dias em empresas de médio e grande porte. Em 1980, os metalúrgicos conseguiram realizar uma paralização de 42 dias. “Foi onde surgiu a questão do fundo de greve, fundado pelo Djalma Bom. Eu fui um dos que assinou a fundação do fundo de greve”, relatou o metalúrgico que já foi mandado embora por justa causa por defender colegas de profissão. “Eu não poderia e nem posso decepcionar os meus ancestrais. Quando eles vieram para o Brasil, eles não vieram fazer uma visita, eles foram escravizados. Então, essa luta que a gente trava e constrói aqui, é uma luta da sobrevivência e da gente buscar os direitos, a cidadania”, posiciona-se Wilson diante de sua consciência. 

Jair Meneguelli

Jair Meneguelli é natural de São Paulo e tem 71 anos. Seu currículo é extenso. Metalúrgico aposentado, é ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, ex-presidente da CUT, ex-deputado federal e ex-presidente do Conselho Nacional do SESI. “Hoje atuo como uber familiar”, brinca.

Sua carreira se iniciou na Ford. Já sindicalizado, foi convocado em 1978 para uma assembleia sobre o rombo nos salários da categoria por não ter havido reajuste salarial. “Na época que o ministro da fazendo era o Delfim Neto, o Dieese registrou que houve um rombo de 34,1% dos nossos salários. E aí o Sindicato convocou, em plena ditadura militar, o que era quase que proibido, a paralização”, relembra Jair. 

Quando esteve na presidência do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Meneguelli foi cassado em 1983 por articular uma greve especificamente política, a primeira no Brasil, segundo ele. “Paramos São Bernardo em solidariedade à greve dos petroleiros de Campinas e Paulínia, que estavam já há mais de 10 dias em greve. Nós saímos do nosso congresso, passamos em Campinas, participamos de uma assembleia com os petroleiros no domingo. Na segunda-feira, nós fomos para porta de fábrica de São Bernardo e na terça-feira, estávamos parados em solidariedade aos petroleiros”, explica. 

No entanto, ele lembra que não se sentia capaz de ser presidente do Sindicato e se assustou quando foi escolhido. “Eu nunca tinha falado numa assembleia e falei ‘não, não tenho capacidade para dirigir essa categoria depois do companheiro Lula’. Aí, quando me chamaram eu fui para casa do Lula e falei ‘Lula, eu participo, me coloca em outro lugar na chapa, estou na luta, mas eu não tenho condições’. E ele falou: 'Não, é você que vai ser o presidente, nós confiamos em você’. E aí eu fui”, relembra emocionado.

Editado por: Rafael Tatemoto
Tags: lulametalúrgicos
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