Coluna

Michel Temer e sua terrível herança

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Os candidatos ao senado Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB) também escondem que foram ministros de Temer até poucos meses atrás
Os candidatos ao senado Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB) também escondem que foram ministros de Temer até poucos meses atrás - Carolina Antunes/Presidência da República
É importante eleger políticos comprometidos com as causas populares

Nos últimos dias, o nosso país subiu mais um degrau no Estado de Exceção em que nos meteram. E minha sensação é que quase sempre poderia iniciar minha coluna desta forma, dada a persistência dos golpes que têm sido dados na já combalida democracia de nosso país. O passo da vez foi o impedimento da candidatura do Lula à presidência. Utilizam os mais diversos termos jurídicos para justificar este ataque, mas nas ruas, de norte a sul deste país, o sentimento é um só: tudo isso só aconteceu como forma de impedir que Lula ganhasse mais uma eleição.
Os próximos dias seguirão muito agitados, mas queria destacar dois dados que me chamaram atenção nas pesquisas recentes: o primeiro deles é o enorme potencial de votos de Fernando Haddad, candidato de Lula, visto o seu alto crescimento quando sequer era candidato ainda. E a rejeição a Bolsonaro que tem crescido, mesmo depois da agressão sofrida por ele. Prova de que o eleitorado brasileiro soube separar bem uma coisa da outra e tem entendido o risco que representam as suas ideias.
Em Pernambuco, nenhuma novidade na Turma de Temer. Armando Monteiro (PTB), candidato ao Governo do Estado, segue tentando confundir o eleitorado, mas esquece de dizer que foi contra o povo, ao votar sim a favor do congelamento do orçamento público federal por 20 anos e a favor da reforma trabalhista, que acabou com muitos dos direitos da classe trabalhadora. Os candidatos ao senado de sua chapa, Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB), também escondem que foram ministros de Temer até poucos meses atrás.
Este ano, mais do que nunca, é importante eleger todo um conjunto de políticos comprometidos com as causas populares. Políticos que tenham compromisso com a volta da felicidade aos lares brasileiros. Presidente, governadores, senadores e deputados. O episódio do impeachment de Dilma é uma prova do prejuízo causado por um Congresso Federal que não tenha compromisso com a realidade de nosso país.
Mesmo de forma ilegítima, nestes pouco mais de dois anos no governo, Michel Temer deixa uma terrível herança para o seu sucessor. É por isso que precisamos eleger um presidente que possua respaldo e base social para encarar os desafios postos. Com o apoio de Lula, Haddad se torna a opção ainda maior. Os anos que virão serão ainda de muito enfrentamento. Mas com muita garra e com uma fé inabalável em nosso povo, seguiremos em busca de um país feliz de novo.

Edição: Monyse Ravena