Mobilização

MST faz vigília em Porto Alegre para acompanhar novo julgamento do caso Elton Brum

Policial militar Alexandre Curto dos Santos assassinou sem terra em 21 de agosto de 2009 com um tiro nas costas

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Manifestantes pedem que o Tribunal mantenha a decisão do júri popular
Manifestantes pedem que o Tribunal mantenha a decisão do júri popular - Catiana de Medeiros

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam, desde às 10h30 desta quarta-feira (26), uma vigília em frente ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), em Porto Alegre. A mobilização ocorre em função do novo julgamento do caso Elton Brum da Silva, que acontecerá a partir das 14 horas de hoje na 1ª Câmara Criminal.

Os desembargadores decidirão se mantém a sentença do júri popular que condenou, em 21 de setembro de 2017, o policial militar Alexandre Curto dos Santos por crime qualificado. Ele assassinou, em 21 de agosto de 2009, com um tiro de espingarda calibre 12 pelas costas, o sem terra Elton Brum da Silva, durante reintegração de posse efetivada pela Brigada Militar na Fazenda Southall, em São Gabriel, na Fronteira Oeste gaúcha.

Conforme a acampada Aida Teixeira, a expectativa do MST é que o tribunal mantenha a decisão do júri popular. Na ocasião, Santos foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado, perda de cargo e prisão imediata. “Queremos que justiça seja feita e que ele cumpra a sua pena”, comenta.

O PM foi solto no final de março deste ano por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que entendeu que o policial tem direito a recorrer em liberdade até confirmação da condenação em segundo grau.

 

Edição: Daniel Giovanaz