Rio de Janeiro

ELEIÇÃO

Veja alguns dos deputados que votam contra a população e os trabalhadores

Na lista, estão medidas que definiram o corte dos investimentos públicos, a reforma trabalhista e a entrega do pré-sal

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Partidos que apoiam a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) também foram contra direitos da população
Partidos que apoiam a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) também foram contra direitos da população - Foto: Agência Brasil

Desde que Michel Temer assumiu a Presidência da República, em 2016, o governo conseguiu aprovar com o apoio da Câmara dos Deputados uma série de medidas impopulares que prejudicam as condições de vida do trabalhador e os serviços básicos a que a população tem direito, assim como afetam a soberania política e econômica do país. 

Além da votação quase majoritária dos deputados do MDB, quem também acompanhou o partido de Temer nas três votações foram políticos do PSDB. A aprovação da lei que limitou investimentos públicos em saúde e educação, a reforma que precariza direitos do trabalhador e a entrega do pré-sal às empresas estrangeiras também teve grande apoio de partidos do “centrão”, formado pelo PR, PRB, PP, DEM. 

Partidos que apoiam a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) também foram contra direitos da população. O próprio candidato, que é deputado federal pelo Rio de Janeiro, votou a favor de cortes para a saúde e a educação, pela entrega do pré-sal e por tornar mais difícil a vida da população a partir da reforma trabalhista. 

 

Centrão 

Para Talita Tanscheit, doutoranda em Ciência Política da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ao contrário do que pode parecer, a ideia de “centrão” no Brasil não tem relação com partidos mais moderados. 

“Apesar de serem muitos partidos em um Congresso fragmentado, eles representam um mesmo projeto político, que não seria de um centro ideologicamente concebido, mas o de uma direita que quer reduzir o papel do Estado e considerar as desigualdades como naturais”, destaca. 

Analista que acompanha há anos as sucessões de legislaturas do Congresso Nacional, Antônio Augusto de Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), afirma que não é coincidência que os parlamentares que votaram a favor das três medidas sejam os mesmos que aprovaram o impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. 

“São os mesmos que votaram pelo afastamento de Dilma e são os mesmos que estão a serviço do mercado e atuando de costas para a população, porque tiram os direitos do trabalhador, restringem a melhora dos serviços públicos e ainda entregam o patrimônio do Brasil para os estrangeiros. O eleitor precisa verificar essas listas de votação para saber quem defende os interesses da população”, avalia o analista do Diap. 

Edição: Mariana Pitasse