Paraná

Eleições 2018

De olho nas propostas: Educação pública e de qualidade

Ideias progressistas de formação integral atribuem papel central ao Estado embatem visões conservadora de privatização

Frédi Vasconcelos |
Alunos nas escolas em período integral, estágios remunerados para estudantes do ensino médio e formação com uma visão mais ampla de mundo
Alunos nas escolas em período integral, estágios remunerados para estudantes do ensino médio e formação com uma visão mais ampla de mundo - Divulgação

O Brasil de Fato Paraná escolheu oito áreas que mexem diretamente com sua vida e consultou especialistas para saber o que deve ser feito nos próximos quatro anos na saúde, educação, segurança, economia etc. num programa progressista de governo. Confira as dicas e, antes de votar, compare com o que seu candidato a presidente, governador, senador e deputado defende. 

Educação

As propostas para a educação dividem muito os candidatos nestas eleições. De um lado, ideias progressistas de formação integral atribuem papel central ao Estado. De outro, há visões conservadoras e que querem privatizar a educação. “Existem basicamente dois blocos de propostas que estão em jogo no cenário eleitoral”, afirma Lucas Pelissari, professor e mestre em Educação pela UFPR. 

Partidos progressistas propõem em geral a valorização do Estado na Educação, permanência dos alunos nas escolas em período integral, estágios remunerados para estudantes do ensino médio e formação com uma visão mais ampla do mundo. “Essas propostas compatibilizam formação técnico-profissional e a continuidade dos estudos, o que é importante para a classe trabalhadora, é uma visão da educação como direito social”, diz Pelissari, referindo-se, principalmente, ao ensino médio. 

Os conservadores, por sua vez, se unem na defesa da da nova Base Nacional Comum Curricular. “Essa lei faz parte do pacote do golpe e é ilegítima. Acaba aprofundando a divisão das escolas brasileiras, com uma escola para a elite e outra para os filhos dos trabalhadores, para os mais pobres”, afirma Pelissari. Essa reforma do ensino médio feita pelo governo Temer e defendida pelos mais ricos visa apenas a formação de mão de obra para o trabalho, sem nenhuma perspectiva crítica ou social. Sem educação pública de qualidade, do ensino fundamental à universidade, os mais pobres dificilmente terão chance de se desenvolverem e melhorarem de vida.  

Edição: Laís Melo