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Eleições

“Precisamos de uma Frente Ampla democrática para evitar Bolsonaro”, diz Esther Solano

Às vésperas das eleições, a socióloga lança o livro "O Ódio Como Política, A Reinvenção das Direitas no Brasil"

05.out.2018 às 18h45
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h45
São Paulo (SP)
Júlia Dolce
Socióloga Esther Solano, professora adjunta de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Socióloga Esther Solano, professora adjunta de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - Foto: Reprodução/Facebook

A socióloga Esther Solano lançou, no dia 1º de outubro, às vésperas do primeiro turno das eleições gerais marcadas pela liderança do candidato Jair Bolsonaro (PSL), o livro: "O ódio como política. A reinvenção das direitas no Brasil". A obra, impressa pela Editora Boitempo, traz análises de 15 pesquisadores sobre o papel e consequências da intolerância e do ódio em diferentes áreas sociais.

Solano é professora adjunta de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e professora do Mestrado Interuniversitário Internacional de Estudos Contemporâneos da América Latina da Universidade Complutense de Madrid, e tem como principal área de estudo os movimentos sociais e políticos. Desde 2017, ela entrevistou 25 eleitores de Bolsonaro, de diferentes contextos sociais, na tentativa de entender os argumentos e a linha em comum nas justificativas de escolha de candidato. A socióloga chegou à conclusão de que o fenômeno que denomina como "rebeldia conservadora" está presente nos discursos dos eleitores de Bolsonaro.

"A rebeldia é porque veem no Bolsonaro uma renovação, algo novo, anti-sistêmico, contra a política. Tem a esperança de que ele vai mudar algo. Mas são conservadores porque têm esse discurso da ordem, da tradição, da família", explicou. Ela destaca que a maior parte dos eleitores do capitão reformado do Exército não compram todo o pacote machista, racista e homofóbico dos discursos do candidato. "Não acreditam que ele seja tudo isso, mas que é muito exagerado na fala. Ou minimizam a importância desses discursos", contou. 

Em entrevista ao Brasil de Fato, Solano afirmou que considera "injusta" a teoria amplamente disseminada de que o Partido dos Trabalhadores (PT) funciona como cabo eleitoral do candidato, devido ao chamado "antipetismo". Ela destacou também que considera "falaciosa" a tentativa de colocar a candidatura de Fernando Haddad (PT) como um extremo oposto à de Bolsonaro. "Não gostar de Lula, do PT ou do Haddad é uma coisa, mas é um partido democrático, que não tem nada a ver com o que Bolsonaro propõe", afirmou. Na opinião da socióloga, é necessária a união de uma Frente Ampla democrática para impedir a eleição do candidato do PSL.

Confira a entrevista completa:

Brasil de Fato — Você identificou o que chama de "rebeldia conservadora" como um denominador comum entre eleitores de Bolsonaro. Acredita que esse fenômeno ainda pode convencer mais eleitores?

Esther Solano — Acho que sim, uma coisa que vimos nas pesquisas é que muita gente vota no Bolsonaro não porque compra todo o pacote do discurso dele, mas porque vê no Bolsonaro uma renovação, algo novo, anti-sistêmico, contra a política. Tem a esperança de que ele vai mudar algo. E [é um movimento] conservador porque tem esse discurso da ordem, da tradição, da família. É um discurso ainda forte porque é o discurso de pessoas que, como são conservadoras, poderiam votar no PSDB, mas não votam porque o têm como um partido corrupto também, mais do mesmo, que rejeitam. Além disso, ao lado desse discurso antipolítica da rebeldia, há também um antipetismo muito forte. Nesse turno e no segundo, votam no Bolsonaro porque não querem o PT no poder.

A maior parte dos eleitores de Bolsonaro se identificam com os discursos racistas/machistas/homofóbicos e xenófobos?

Tem gente que não, porque dizem que não acreditam que ele seja tudo isso, mas que a imprensa age contra ele, ou que no fundo o problema é que ele é muito exagerado na fala. Tem muitos que minimizam esse discurso machista, homofóbico; as pessoas veem isso como uma consequência de ele ser uma pessoa sincera, honesta, que não se deixa levar pelo politicamente correto, muito espontâneo, e que acaba exagerando. Também há pessoas que acreditam nisso, são machistas, racistas, homofóbicos, mas muitos minimizam o discurso dele, dizendo que não é um discurso de ódio, que é exagerado dizer isso.

Tem sido muito divulgado o argumento de que o próprio Partido dos Trabalhadores (PT) foi e é cabo eleitoral de Bolsonaro, e que o partido, e o antipetismo, foram os principais responsáveis pela onda de ódio. A Rede tem esse argumento, por exemplo. O que você pensa sobre isso?

Eu acho muito injusto dizer que o PT é culpado pela onda Bolsonaro. No fundo, o que acontece é que o Bolsonaro de fato aproveita muito a onda antipetista, que tem vários fatores diferentes, primeiro que colou muito a ideia de que o PT é um partido corrupto. Na pessoa do Lula, principalmente, há um grande papel da imprensa nisso tudo. Também colou muito fortemente a ideia de que a crise é culpa do PT, do governo e Dilma Rousseff fundamentalmente, e também uma ideia muito importante, principalmente nas classes médias, que é a rejeição à ascensão social dos mais pobres, um discurso de classe. Então não acho que o PT criou o Bolsonaro, o que acontece é que Bolsonaro aproveitou muito de um discurso antipetista que é uma certa frustração contra o PT, o que é compreensível, mas ele inflamou e politizou muito isso.

Também há uma tentativa grande da mídia e dos partidos de centro-direita de criar uma imagem de que a candidatura de Haddad representaria um extremo oposto à de Bolsonaro. Uma crítica aos "extremos". Você concorda com essa afirmação?

Acho totalmente falacioso e muito desonesto falar isso, porque gostar ou não gostar do Lula, do PT ou do Haddad é uma coisa, mas o PT é um partido democrático, que não tem nada a ver com um candidato como o Bolsonaro, que propõe uma ruptura democrática. Uma pessoa racista, homofóbica. É um argumento eleitoral que não condiz nada com a realidade e, sobretudo, aumenta muito o antipetismo. É muito perigoso.

O que você pensa sobre o argumento de que os movimentos #Elenão foram responsáveis pelo recente crescimento de Bolsonaro nas pesquisas? Ao que acredita que realmente se deve o aumento de intenções de voto na última semana?

Eu acho que essa estratégia do #Elenão foi importantíssima, primeiro porque coloca a mulher na vanguarda, e a política brasileira é muito machista, então é muito importante dar visibilidade à mulher. Segundo que não é uma luta contra Bolsonaro, e sim pela democracia, é muito mais abrangente. Terceiro que as mulheres serão vítimas de Bolsonaro, caso ele ganhe a eleição, com seu discurso misógino. Essa estratégia de dizer que foi o #Elenão que impulsionou a candidatura de Bolsonaro é muito falaciosa, nada diz que foi isso, e muitos outros fatores interviram. Em paralelo, o Bispo Edir Macedo da Universal declarou apoio ao Bolsonaro, fez uma campanha muito intensa e houve uma campanha na imprensa com um antipetismo muito forte. Então essa fala desqualifica o movimento #Elenão, que é importantíssimo, e cumpre o papel da política machista de colocar as mulheres como culpadas de tudo. 

Qual deveria ser a estratégia para enfrentar a candidatura de Bolsonaro?

A única estratégia seria que todos do campo democrático se juntassem contra ele, setores da mídia, do mercado, para desconstruir o discurso dele, sobretudo em relação à economia, porque as pessoas ainda não entenderam bem o que significa o Bolsonaro no comando econômico no país. Me parece que temos que fazer uma Frente Ampla Democrática contra ele, expondo seu ponto fraco: a área econômica.

Qual foi o objetivo e quais as expectativas para o seu novo livro?

O livro é uma tentativa de qualificar mais o debate, a gente fala muito sobre o ódio, mas o livro propõe o aprofundamento de algumas questões: a nossa forma de contribuir para a luta pela democracia, enquanto professores, é com nossas ideias e conhecimentos. Então é a ideia de fazer uma reflexão profunda do momento atual que vivemos, na questão da intolerância e do ódio, uma reflexão qualificada mas também política, que ajude a dar elementos para o debate. Há artigos de diferentes áreas falando da perspectiva sociológica, ou política, a questão LGBT, a questão religiosa, e como a intolerância se manifesta nessas diferentes vertentes. A introdução do livro é minha e eu falo um pouco sobre minha pesquisa e a importância da desconstrução do discurso da intolerância. 

Editado por: Diego Sartorato
Tags: bolsonarofascismoradioagência
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