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Início Política

Papai, mamãe, titia

Com mais eleição de parentes, dinastias políticas se fortalecem no Congresso

138 parlamentares com vínculos familiares foram eleitos no primeiro turno deste pleito

15.out.2018 às 18h12
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h45
São Paulo (SP)
Júlia Dolce

Eduardo Bolsonaro (PSL), filho de Jair Bolsonaro, foi Deputado Federal eleito com o maior número de votos por São Paulo - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil

Com o resultado do primeiro turno das eleições, um levantamento preliminar do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) identificou o crescimento da chamada "bancada de parentes" na Câmara dos Deputados.

Em 2014, os deputados e senadores com parentesco político eram 113 congressistas. Já agora, o número de parlamentares com vínculos familiares cresceu para 138. Além disso, deste total total de deputados eleitos, 101 reconquistaram seus mandatos, e 37 estão no primeiro mandato.

Entre os parlamentares reeleitos com relação parental está o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do também deputado e candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que obteve a maior votação de São Paulo, com 1.843.735 votos. O presidenciável também elegeu mais outro filho nesta eleição, o agora senador pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL). 

De acordo com o analista político e assessor parlamentar Marcos Verlaine, integrante do Diap, o fenômeno é muito recorrente no Brasil, e representa uma herança da escravidão e do coronelismo. 

"Se você pegar os eleitos em Pernambuco, todos tem relação de parentesco, literalmente todos. Isso está muito caracterizado no Nordeste por conta do fenômeno do coronelismo. Você tem um coronelismo moderno, os caras são donos de televisão, tem grandes fortunas, donos de rádio, tem grande influência no eleitorado influenciado pelo poder financeiro dessas famílias e oligarquias. Essa relação de parentesco tem muita relação com o período escravista. É nome, sobrenome, você chega no interior do Brasil e as pessoas são conhecidas pela relação de parentesco. Se for rico então isso tem muito mais peso. Nos países desenvolvidos isso não existe, isso é mais na periferia dos países em desenvolvimento, e no Brasil em função desse contingente de pessoas alheias à política", afirmou.

Outro caso emblemático do pleito de 2018 foi a eleição de João Campos (PSB), filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, falecido em 2014 durante sua campanha presidencial, e bisneto de Miguel Arraes, que também governo Pernambuco na década de 1990. Com 24 anos, João foi o deputado mais votado do estado nordestino.

Para Ricardo da Costa Oliveira, professor de sociologia política na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pesquisador do nepotismo, de acordo com a definição sociológica do temo, nos poderes brasileiros, o fenômeno reflete na situação social do país.

"Isso impacta diretamente na reprodução do poder político por poucas oligarquias familiares, que concentram poder, recursos e seus interesses. Você vai ter uma baixa renovação partidária, grupos sociais que são muito poucos representados, como trabalhadores, negros, mulheres que não sejam dessas famílias, índios, periféricos. Então o nepotismo é uma cultura que é, ao mesmo tempo, produto, mas reproduz a imensa desigualdade brasileira. Quando queremos entender porque o Brasil é uma sociedade com tanta desigualdade social, uma das respostas é o caráter dessa nossa elite política parlamentar que é atravessada por interesses de poucas famílias. O nepotismo é também uma das causas do nosso atraso político, da falta de cidadania", afirmou.

Oliveira destaca que o fenômeno existe em todas as sociedades, mas que o Brasil representa um dos piores cenários.

"Nosso sistema político é mais atrasado. Nós temos instituições pré-modernas, e também a desigualdade social brasileira é muito maior. Os partidos políticos no Brasil são muito frágeis também. Eu comparava o Brasil com a Índia, que ainda tem sociedade de castas, mas no Brasil a bancada familiar é muito maior. Temos muitas famílias políticas também nos EUA, na Europa, mas nada com a intensidade e frequência que verificamos aqui. O eleitor pobre, periférico, subalterno, tende a votar nos poderosos, nos mais ricos e com isso, reproduzir a desigualdade. É um fenômeno nacional, está em todas as regiões, cidades, nos grandes e pequenos municípios, e boa parte dessas bancadas evangélicas também são de famílias que controlam as igrejas evangélicas. Você tem muitos pastores com relação de famílias, como a do Edir Macedo e do Crivella, prefeito do Rio de Janeiro. Várias famílias que controlam a prefeitura. Em São Paulo, acabou de voltar a família Covas no poder", completou.

Entre os demais nomes novos destacados no levantamento do Diap estão o do agora eleito Deputado Federal por Alagoas Isnaldo Bulhões (MDB), irmão do ex-governador do estado Geraldo Bulhões; o Deputado Federal Marcelo Moraes (PTB), filho do também deputado Sérgio Moraes; e a Deputada Angela Amim (PP), esposa do Deputado Espiridião Amin. 

O assessor parlamentar Marcos Verlaine destacou, ainda, um novo fenômeno identificado pelo Diap: a eleição de parentes de políticos que se tornaram réus em investigações de corrupção.

"O que a gente descobriu, sobretudo nesse período mais agudo de crise política, é que um detentor de mandato eletivo envolvido em algum tipo de irregularidade, como a Lava Jato, percebendo a dificuldade de se reeleger, lança um parente que não está envolvido em nenhum desvio ético ou moral e transfere voto par esse parente. Em Brasília você tem esse fenômeno do Arruda, que transferiu votos para sua mulher, Flávia Arruda", afirmou. 

Entre os partidos que mais elegeram parentes se destaca o PP, com total de 15 deputados eleitos. MDB, PR, PSD têm 12 cada; DEM, 11; PSB e PSDB, 10 cada; PDT e PRB, 1 cada; PSL e PT elegeram 6 cada; PTB, 5; SD, 4; PPS e Pros, 3; Avante, 2; e PCdoB, PPL, PR, PSol e PTC, 1 cada.

Editado por: Diego Sartorato
Tags: eduardo bolsonaro
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