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Ato pela democracia e pela vida das mulheres marcha da Cinelândia até a Lapa, no Rio

Segunda edição do #EleNão contou com a participação de movimentos sociais da via campesina

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O movimento Mulheres Unidas Contra Bolsonaro mobilizou a população para o segundo ato no Rio pela garantia de direitos com Haddad Sim
O movimento Mulheres Unidas Contra Bolsonaro mobilizou a população para o segundo ato no Rio pela garantia de direitos com Haddad Sim - Pablo Vergara

Centenas de pessoas se concentraram na tarde do último sábado (20) na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, para mais um ato unificado em defesa da democracia. Este é o segundo movimento puxado pelas mulheres em todo o país depois do #EleNão que aconteceu no dia 29 de setembro. Os dois atos se referem a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), que segundo o movimento Mulheres Unidas Contra Bolsonaro representa uma ameaça ao Estado Democrático de Direito.

Por isso, para Luana Carvalho, da direção nacional dos Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o ato simboliza um projeto de sociedade que hoje é representado pela candidatura de Fernando Haddad (PT). "A gente precisa lutar e virar esse jogo, é Bolsonaro não, mas Haddad Sim!", disse.

O presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, concorda e acrescenta que é preciso "virar o jogo, senão será o fim da classe trabalhadora". 

Depois da concentração marcada para às 15h na Cinelândia, os manifestantes saíram em marcha em direção à Lapa. Com muitas faixas e cartazes com mensagens contra o candidato do PSL e seu aliado que disputa o governo do Rio, Wilson Witzel (PSC).

A militante do MST, Lucinéia Freitas, destaca o caráter popular do ato "que não é um comício, mas sim uma mobilização que envolve todas as tribos e grupos em uma luta bonita na rua dizendo que não quer o retrocesso". Também estava presente a frente Torcedores pela Democracia, dos principais times de futebol carioca. Eles fizeram uma concentração mais cedo na Uruguaiana. 

No trajeto, não faltaram palavras de ordem em defesa da democracia e homenagens à vereadora Marielle Franco (Psol), que foi brutalmente assassinada em março deste ano, um crime que continua impune. 

No início da noite, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Levante Popular da Juventude e Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), abriram uma faixa sobre os Arcos da Lapa “Haddad 13 Presidente”. "O que está em ameaça hoje são os direitos dos trabalhadores e também conquistas civis fundamentais como a democracia e a participação popular", comenta Leonardo Maggi, do MAB.

Outras cidades do estado como Magé, Nilópolis, Cachoeira de Macacu, Cabo Frio e Volta Redonda também tiveram mobilizações populares a favor da chapa de Fernando Haddad e sua vice Manuela D'Ávilla (PCdoB), pela garantia de direitos e pela democracia. Em Niterói (RJ), centenas de pessoas se manifestaram na orla da praia de Icaraí. Em faixas e palavras de ordem, o alerta foi um só: "ditadura nunca mais".

Edição: Jaqueline Deister