DEMOCRACIA

Policiais criam grupo antifascista em João Pessoa

Categoria, preocupada com o resultado das eleições presidenciais no Brasil, está organizada contra o fascismo

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) |
Policiais dizem não ao ódio e à intolerância e criam grupo antifascismo.
Policiais dizem não ao ódio e à intolerância e criam grupo antifascismo. - Divulgação

A Democracia brasileira é um dos assuntos mais discutidos hoje no país. As eleições presidenciais colocaram em foco o risco de haver um governo autoritário no Brasil, que feche o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, além de prender adversários ou colocá-los no exílio. Essas ideias, consideradas fascistas, são representadas pela candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). Por este motivo, um grupo de policiais se organizaram e criaram um grupo na Paraíba. São Policiais civis, professores, instrutores, agentes escrivão, investigadores, soldados, cabos, sargentos e oficiais, delegados, integrantes de rádio patrulhas e de grupos especiais, que estão juntos contra o fascismo. Essa iniciativa surgiu em vários estados da federação e demonstram a preocupação com a Democracia deste importante setor da sociedade brasileira. “Estamos voltado a acompanhar as notícias nas mídias. Produzimos textos e mensagens inteligentes que ajudam a desconstruir inverdades (notícias falsas). Geralmente quando a noticia é sobre segurança pública, polícia e violência damos atenção e priorizamos as informações verdadeiras.  A exemplo da redução da maioridade penal, porte e posse de armas para o cidadão comum e segurança jurídica para policiais ”, explicou Astronadc Pereira de Moraes, que é policial militar e integrante do grupo antifascista.

Continua após publicidade

Sargento Astronadc Pereira de Moraes, 48 anos, policial militar e antifascista. / Foto: Arquivo pessoal.

Continua após publicidade


Um dos objetivos do grupo é a afirmação de que os policiais se preocupam e defendem os direitos humanos e sociais. “Este grupo surge como uma resposta dos profissionais da segurança pública que apoiam os direitos humanos e os direitos sociais.”, salientou o Tenente Edson Gomes, professor e componente do grupo.

Continua após publicidade

Tenente Edson Gomes é um policiais antifascistas. / Foto: Arquivo Pessoal.

Continua após publicidade

Para o grupo de policiais antifascistas combater o medo semeado pelo candidato Jair Bolsonaro é essencial para combater o fascismo.
“Ele utiliza o medo das pessoas. Depois ele cultiva o ódio quase sempre com mentiras.  Digo quase sempre por que ele usa (também) algumas verdades. E desta forma a informação (o discurso) de Bolsonaro parece ser verdadeiro”, diz Astronadc Pereira de Moraes. E continua: “Nós, policiais, devemos usar a Lei para combatermos o fascismo. Mas esta é uma luta de toda a sociedade e de todas as culturas.  As instituições, no Brasil, têm que ser garantidas. O Estado Democrático de Direto deve prevalecer acima de qualquer coisa. E todos nós somos responsáveis por garantir estes valores. Nem Bolsonaro e nem um golpe terá êxito se atentar contra o Brasil e ou contra a nossa Democracia.” 
O grupo de policiais antifascistas da Paraíba atuam basicamente com informação e contra informação, é o que o Cabo Eugênio, policial militar explica, “A prioridade, no momento, é agir com informação e contra informações no combate ao fascismo. Difícil este combate em um meio onde a violência é idolatrada, porém sempre há de haver a resistência”.
Os policiais que defendem a Democracia e estão organizados contra o fascismo trabalham contra a intolerância, a discriminação, o ódio e qualquer forma de violência e para efetivar o Estado Democrático de Direito.
 

Edição: Cida Alves