Escancarado

Lideranças de movimentos populares repudiam desfile do Exército na festa de Bolsonaro

João Paulo Rodrigues, do MST, e Guilherme Boulos, do MTST, se manifestaram nas redes sociais em defesa da democracia

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Militares fizeram gestos como se comemorassem o resultado das urnas
Militares fizeram gestos como se comemorassem o resultado das urnas - Reprodução

Lideranças de movimentos populares reagiram à participação de um comboio do Exército no evento de comemoração da vitória de Jair Bolsonaro (PSL) em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Sob aplausos dos apoiadores do candidato eleito, da extrema direita, os militares fizeram um desfile em Icaraí, bairro da zona sul do município, e gesticularam com as mãos como se também celebrassem o resultado das urnas.

João Paulo Rodrigues, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), reagiu imediatamente nas redes sociais e interpretou o desfile com uma afronta à democracia: "Nosso repúdio a participação do exército brasileiro na festinha do Bolsonaro agora a noite em Niterói RJ! Não podemos aceitar esse tipo de provocação a nossa democracia, esperamos que @Gen_VillasBoas [Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército Brasileiro] possa se posicionar sobre esse grave episódio!", disse, em sua conta no Twitter.

Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), também usou o Twitter para compartilhar o vídeo e repudiar o acontecimento: "Desfile do Exército com apoiadores de Bolsonaro agora de noite em Niterói mostra que a democracia está em risco. Vai ter resistência! Vamos sem medo!", declarou.

Eleito neste domingo (28), Jair Bolsonaro é capitão reformado, favorável à tortura e apoiador da ditadura militar (1964-1985). 

 

Edição: Daniel Giovanaz