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Início Español

RESISTENCIA

BRASIL | Ruralistas y agronegocio quieren desalojar asentamiento del MST de 20 años

Dos meses después de casi legalizar sus tierras, 450 familias podrían quedar en la calle

30.out.2018 às 15h45
São Paulo
Redacción
Militantes del MST

Militantes del MST - MST

Desde el campamento Quilombo Campo Grande, en Campo do Meio, al sur del estado de Minas Gerais, 450 familias del Movimiento de Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST), emitieron un comunicado de prensa denunciando amenazas de desalojo. Se trata de uno de los conflictos agrarios más antiguos del país. El actual gobernador había prometido la legalización de sus tierras y su conversión en asentamiento.

Comunicado de prensa completo a continuación:

Quilombo Campo Grande, estado de Minas Gerais, sufre amenazas de fascismo.

Nosotros, las familias MST de la regional Sur del estado Minas Gerais, Quilombo Campo Grande, denunciamos la acción fascista contra nuestra lucha de 20 años.

Después de tantos años de lucha, las familias ya cuentan con infraestructura de energía eléctrica, casas de cemento y producen una gran diversidad de producción agroecológica, como café, muchas variedades de maíz, frijoles, vegetales, frutas, semillas orgánicas, ganado, pollos, cerdos.

Con su trabajo, estas familias generan soberanía alimentaria, no solo para quienes producen y viven en la tierra, sino para miles de personas que tienen acceso a alimentos saludables y de calidad, sin veneno.

Los campamentos también generan distribución de ingresos. La tierra, que solo tenía un dueño, ahora otorga dignidad a cerca de 450 familias, más de 2.000 personas que casi estaban soñando con la posesión de la tierra a través de un decreto estatal.

Pero ahora, mediante una conspiración legal entre los grandes terratenientes, los diputados de la bancada ruralista y las empresas de agronegocios en la región, están organizando un proceso de desalojo para las familias que viven y resisten a lo largo de estos 20 años de lucha.

¡Esta situación es inaceptable! Hace dos meses las familias casi habían sido asentadas y ahora pueden perder todo lo que habían construido a lo largo de estos años.

Este es uno de los conflictos agrarios más antiguos del país. Solicitamos el apoyo de las organizaciones asociadas, amigos, simpatizantes, para estar presentes el día de la audiencia el 7 de noviembre, a la 1:00 pm en el tribunal de Campos Gerais.

¡Somos resistencia! 

La lucha por Adrianópolis es una lucha por la democracia.

Editado por: Redacción
Tags: mst
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