Rio de Janeiro

LUTA

No Rio, frentes populares organizam plenária de resistência democrática

Objetivo é construir uma frente ampla contra os retrocessos que um governo de extrema-direita representa

Rio de Janeiro | RJ |
Ato aconteceu na Galeria do Comércio, no centro do Rio, e lotou um auditório com quase mil pessoas
Ato aconteceu na Galeria do Comércio, no centro do Rio, e lotou um auditório com quase mil pessoas - MTST/ Fabi Batista

Diante do resultado do segundo turno e a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) no último domingo (28), as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo promoveram atos nesta terça-feira (30) em diversas cidades do país. Em capitais como São Paulo, Porto Alegre e Fortaleza foram organizadas manifestações para o final da tarde. No Rio de Janeiro, movimentos populares, militantes e setores democráticos da sociedade se reuniram para uma plenária. 

O objetivo é construir uma frente ampla contra os retrocessos que um governo de extrema-direita representa. "Entre a prisão e o exílio, nós escolhemos a rua. Bolsonaro não é o dono do Brasil e não vai silenciar nossas vozes", declarou Guilherme Boulos (Psol) em resposta às ameaças proclamadas pelo presidente eleito em discurso na Avenida Paulista pouco antes do segundo turno. 

O ato político em forma de plenária aconteceu na Galeria do Comércio, no centro do Rio, e lotou um auditório com quase mil pessoas. Logo no início, foi lembrado que é prioridade do governo Bolsonaro dar continuidade às reformas trabalhistas e da previdência de Michel Temer e que esse projeto precisa ser barrado pelos trabalhadores. 

Alguns parlamentares presentes, como o deputado federal eleito Marcelo Freixo, a deputada federal eleita Talíria Petrone, o vereador Tarcísio Mota e o deputado estadual Carlos MinC, abriram mão das falas para dar a palavra aos participantes. A plenária foi marcada por falas de sindicatos e movimentos que reforçaram a importância de organizar comitês populares regionais com o objetivo de dialogar com as pessoas.

Vanderlea Aguiar, educadora da Rede Emancipa de Educação Popular, relembra que Bolsonaro se autodeclara contra movimentos populares, ativismos de esquerda e principalmente contra os professores. Ela também critica o projeto do presidente eleito de armar a população. "A importância dessa plenária é a gente se situar e estar protegendo os nossos, lutando pelas nossas vidas, dos nossos filhos e da juventude nas comunidades", declarou a educadora.

Edição: Eduardo Miranda