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Análise

Artigo | Padrão Bolsonaro de comunicação desorienta a mídia

O futuro governo mostra-se inclinado a desprezar os meios tradicionais de comunicação, jogando suas fichas nas redes

19.nov.2018 às 07h42
RBA
Lalo Leal
Sem cumprir acordos com TV de participação em debates, campanha de Bolsonaro foi feita por redes sociais.

Sem cumprir acordos com TV de participação em debates, campanha de Bolsonaro foi feita por redes sociais. - Arquivo Pessoal

O jornal O Estado de S.Paulo demite uma cronista por ter criticado as propostas do então candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro. Toma essa decisão depois de vê-lo eleito, numa atitude nítida de subserviência. A TV Gazeta demite quase toda a equipe de jornalismo e amplia o aluguel ilegal de sua grade de programação para a Igreja Universal, apoiadora do próximo governo.

A Folha de S.Paulo, depois da derrota do seu candidato no primeiro turno, parece sem rumo. Chama o gesto repulsivo do presidente eleito, simulando o uso de armas, ao lado do presidente do Tribunal Superior do Trabalho, de simples gesticulação. Quem ele ameaçava? Os juízes ou os trabalhadores? Essa resposta a Folha não deu.

O caso da Veja é ainda mais curioso. Depois de se tornar um panfleto golpista, tentando derrubar o presidente Lula, evitar a eleição de Dilma Rousseff e contribuir para tirá-la da Presidência, sai com uma capa crítica ao projeto que pretende censurar a atuação dos professores em salas de aula, tão a gosto do presidente eleito. Será uma tentativa de recuperar a credibilidade perdida? É difícil acreditar, ainda mais diante da situação econômica da Abril e a dispensa de centenas de funcionários. Um caso para ser acompanhado de perto.

São apenas alguns exemplos da situação dos meios de comunicação tradicionais neste momento pós-eleitoral. Todos eles apostavam numa candidatura palatável para os seus interesses empresariais mas não encontraram quem a encarnasse.

De repente se viram às voltas com uma realidade inesperada. Têm pela frente um governo que os despreza, que assusta muitos dos seus leitores, ouvintes e telespectadores, mas do qual não podem se afastar totalmente, como sempre acontece no Brasil. Afinal a dependência das verbas publicitárias oficiais e de outros favores governamentais é muito grande.

O uso do WhatsApp nas eleições foi decisivo para a definição dos resultados. Sobre isso não há dúvida. Mas esse sistema de mensagens não operou sozinho. Foi apenas o último passo de uma sequência iniciada muito tempo antes e operada pelos meios de comunicação tradicionais.

Criminalizaram a política abrindo espaços para o surgimento de aberrações desde o pleito municipal, há dois anos, ampliando-se agora com as eleições do presidente da República, de alguns governadores e de vários parlamentares.

A corrupção tornou-se um prato cheio. O Jornal Nacional diariamente tinha como imagem de fundo desse noticiário um duto por onde jorrava muito dinheiro. As TVs nos restaurantes, bares, lojas, salas de espera de consultórios e de hospitais, mesmo sem som, inculcavam as imagens da corrupção nas cabeças de quem olhasse para as telas.

Nada de novo. As massas que saíram às ruas insufladas pela TV para apoiar o golpe de 2016 levantavam as mesmas bandeiras, como sempre ocorre em qualquer parte do mundo quando a direita tenta chegar ao poder por vias transversas.

No caso do Brasil, além da corrupção o outro tema sensível explorado eleitoralmente é o da segurança, sobre o qual rádio e TV deitam e rolam. Num país em que morrem assassinadas por ano mais de 60 mil pessoas, o assunto não pode mesmo ser desprezado.

O problema é a forma como ele é abordado. Os programas policialescos que ocupam amplos horários das emissoras em todo o país pregam ainda mais violência como solução. Claro que para as emissoras não interessa acabar com a violência. É ela que dá picos de audiência e garante boas receitas publicitárias. Daí a transformação de dramas do cotidiano em espetáculos mórbidos.

Especialistas nesse tipo de programa, as redes Record e Bandeirantes foram contempladas com entrevistas exclusivas do candidato vencedor antes das eleições. Ele é o representante mais bem acabado da ideologia veiculada pelos programas policialescos.

Com sua retórica limitada, o capitão reformado balbucia chavões repetidos pela TV desde a época em que Jacinto Figueira Junior era o "Homem do Sapato Branco" na TV Cultura de São Paulo, àquela altura propriedade de Assis Chateaubriand. "Direitos humanos para humanos direitos" ou "bandido bom é bandido morto" não são novidade, fazem parte da história da televisão brasileira.

A contribuição da mídia tradicional para o resultado das eleições não fica por ai. A "facada de Juiz de Fora", ainda a espera de uma investigação jornalística mais aprofundada, foi o ponto de virada da campanha eleitoral.

Tanto que um dos filhos do candidato proclamou uma vitória em primeiro turno logo após a agressão e apressou-se em dizer que o ferimento era superficial. Estava estabelecido o álibi para tirar o militar da reserva de todos os debates previstos com os demais candidatos.

Sabia ele e os seus apoiadores mais próximos do desastre que seria um confronto cara-a-cara com seus adversários. No único evento desse tipo em que participou, na Rede TV, foi destruído pela candidata Marina Silva, ao discutir sobre o papel da mulher na sociedade.

No segundo turno as emissoras cancelaram os debates sob a alegação de que não poderiam fazê-lo só com um candidato. Embora a Rede Globo tenha feito exatamente isso no Distrito Federal onde um concorrente se ausentou. Dessa forma criou-se uma situação inédita na história das campanhas presidenciais brasileiras.

O candidato Fernando Haddad, disposto ao debate, foi excluído da TV. O outro candidato escondeu-se do confronto mas falou sem contestação em longas entrevistas para a Record e a Bandeirantes. A justiça eleitoral fez vistas grossas para a ilegalidade e a democracia, nesse momento, sofreu um duro golpe.

Resta saber o que temos pela frente. Os meios tradicionais estão desorientados. O novo governo mostra-se inclinado a desprezá-los, jogando todas as suas fichas nas redes sociais e a eleição não interrompeu esse processo. As mensagens continuam circulando, refutando críticas e exaltando as confusas decisões do "governo de transição".

Os meios convencionais, fragilizados em sua credibilidade e no seu caixa, terão muita dificuldade para se recuperar. A saída mais cômoda é a adaptação à nova ordem, como já mostrou a Rede Globo com uma entrevista apresentada no Fantástico com o candidato eleito.

O que já não era bom em termos de comunicação democrática tende a piorar. Torço para estar errado.

Editado por: RBA
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