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Meio ambiente

Bolsonaro e os porões do agronegócio

Sem clima, sem projeto de desenvolvimento, sem biodiversidade: o que restará pós Bolsonaro?

07.dez.2018 às 18h46
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h46
Curitiba (PR)
Naiara Bittencourt
O desprezo de Bolsonaro pelo meio ambiente pode acelerar o desmatamento da Amazônia

O desprezo de Bolsonaro pelo meio ambiente pode acelerar o desmatamento da Amazônia - Públicas/Mayke Toscano

O cenário eleitoral acirrou os conflitos políticos no Brasil, com elevação da violência e criminalização da luta política por direitos humanos. O resultado nas urnas, manipulado por agências de comunicação externas e com intensa veiculação de notícias falsas, representa o realinhamento brasileiro a um regime político autoritário, conservador, neoliberal e correspondente a interesses de países imperialistas.

Bolsonaro, no auge de seu caricaturismo, personifica a materialidade da aliança de setores do “baixo clero” da burguesia interna associada com o capital internacional estrangeiro. Isso não se dá somente com a burguesia rentista, com o setor comerciário, empresários religiosos neopentecostais, setores militares, mas também na configuração interna do agronegócio, com a ascensão de baixos setores que estavam apagados da agenda pública.

Além dos militares dominarem pastas importantes, tendo a maior inserção no Poder Executivo desde a ditadura militar, com mais ministros militares que os governos de Geisel e Médici, representantes do agronegócio são o segundo setor com mais representatividade nos ministérios.

A representante da bancada ruralista e conhecida por defender sem escrúpulos o aumento do uso de agrotóxicos no país, Tereza Cristina, assumirá o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), tendo recebido altas doações de campanha de empresários ligados ao setor de agrotóxicos.

Ligada ao MAPA, Bolsonaro criou a Secretaria Especial de Assuntos Fundiários, a qual será assumida por Nabhan Garcia, presidente da União Democrática Ruralista (UDR) e amigo pessoal do presidente eleito, o qual já afirmou que vai reformular a política de reforma agrária no Brasil, retirando seu “viés ideológico”. A UDR já foi investigada inúmeras vezes em suas regionais por incitar a violência no campo e alguns de seus líderes por trabalharem com milícias privadas.

Em seus discursos eleitorais Bolsonaro já afirmou que a propriedade privada é sagrada e que não haverá demarcação de terras indígenas, titulação de territórios tradicionais ou reforma agrária e que acabará com a “indústria das multas ambientais”, de modo que o futuro do INCRA, FUNAI, ICMBio, Ibama e Fundação Palmares são incertos. Houve também a sinalização de extinção do Ministério do Meio Ambiente, agregando suas pastas ao Ministério da Agricultura, o que foi questionado até por setores do agronegócio brasileiro, como o atual ministro da agricultura Blairo Maggi, e determinou o recuo do político neste tema, mas com forte probabilidade de indicação pautada pelo setor ruralista.

Em plena COP 14 da Convenção da Diversidade Biológica, o governo Bolsonaro também anunciou que retiraria a candidatura do país para sediar a 25º Conferência das Partes sobre o Acordo de Paris, em razão de “cortes orçamentários”, o próprio presidente chegou a afirmar que teve participação direta na decisão política de não sediar o evento, alinhando-se com o presidente estadunidense Donald Trump. Aliás, Ernesto Araújo, o chanceler indicado por Bolsonaro, já sinalizou que há um “alarmismo climático” e que o aquecimento global é dogma, em que pese todos os estudos científicos e acordos internacionais comprovando a elevação da temperatura do Globo em ao menos 0,74ºC no último centenário, com expectativas de elevação de 2º a 5,6º C ainda neste século se as condições poluentes permanecerem como estão.

Com o discurso esquizofrênico de ameaça à soberania nacional, o que é uma falácia desinformada sobre a forma de operação dos acordos internacionais, Bolsonaro curva-se aos interesses externos dos grandes conglomerados estrangeiros de insumos, máquinas e sementes agrícolas e sequer enxerga qualquer possibilidade de agregação de valor aos produtos brasileiros e desenvolvimento real das cadeias produtivas nacionais, ampliando a dependência externa. É o privatismo também tomando conta da arena internacional do novo governo.

Segundo Bolsonaro, o Acordo de Paris é ideológico e prejudicaria o agronegócio brasileiro que estaria “sufocado por questões ambientais”, o que revela o reposicionamento político brasileiro com os setores mais atrasados do agronegócio, que priorizam a degradação com plantação ostensiva de commodities, esgotamento prematuro dos recursos ambientais, especialmente do solo e da água, num pragmatismo que a curto prazo sinaliza um suicídio programado.

Ocorre que o desenvolvimento nacional sustentável, aquele já desenhado na Eco-92, exige planejamento estratégico para além do pragmatismo imediato dos empreendimentos nacionais. Sem a possibilidade futura de usufruto e garantia dos mínimos recursos naturais – como é a água para consumo humano e animal, geração de energia, irrigação e produção agrícola e industrial -, não haverá soberania ou desenvolvimento brasileiro a médio ou longo prazo.

Em clima de autoritarismo, cerceamento democrático, criminalização, concentração produtiva0020e desprezo socioambiental, o que restará de nossa diversidade?

Editado por: Laís Melo
Tags: amazôniabolsonarodesmatamentomeio ambiente
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