Pernambuco

SAÚDE

Com a chegada do verão, iniciativas contra o Aedes Aegypti são retomadas

Linha Direta “Vera” orienta os cuidados para evitar a proliferação do mosquito que causa dengue, zika e chicugunya

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Altas temperaturas e água parada ofercem condições ideais para o desenvolvimento do mosquito
Altas temperaturas e água parada ofercem condições ideais para o desenvolvimento do mosquito - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em Pernambuco, até o dia 03 de novembro, foram notificados 173 casos da Síndrome Congênita do Zika pela Secretaria Estadual de Saúde. Desses, 18 óbitos foram registrados, sendo 01 óbito fetal, 11 bebês morreram ao nascer e 06 após o período do nascimento. E é diante desse cenário, que diversas iniciativas podem ajudar no combate ao mosquito que transmite a zika, chicugunya e os quatro tipos de dengue.

Por isso, o Grupo Curumim lançou o Alerta de Verão – Saúde, Direitos e Cuidados em tempos de Zika. Dentro das várias ações, a Linha Direta “Vera” é um desdobramento da campanha criada, em 2016, com foco no enfretamento à epidemia do vírus Zika que ainda atinge as mulheres. Através da linha as dúvidas sobre direitos sexuais e reprodutivos podem ser tiradas de forma segura de segunda a sexta, das 14h às 18h, através do número (81) 9.85807506. O atendimento é gratuito. 

O alerta vem na época em que aumenta a incidência da infestação do Aedes Aegypti, pois a estação tem temperaturas mais propícias ao desenvolvimento do mosquito e uma maior escassez no abastecimento de água, o que estimula seu estoque em recipientes e depósitos, muitas vezes sem tampas. A água parada é criadouro de larvas do mosquito que podem ser transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes e a espera de um ambiente úmido para se desenvolverem. Além disso, as chuvas de verão podem fazer pequenos criadouros nas plantas, vasos e objetos que podem acumular água.

Além da contaminação via picada do Aedes Aegypti (mosquito vetor) e via relação sexual, o vírus Zika pode ser transmitido durante a gravidez, com o feto ainda no útero, e via transfusão de sangue, com casos já reportados no Brasil, mas ainda não confirmados. 

Edição: Vanessa Gonzaga