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transações ilícitas

“Prisão de Beto Richa acende sinal de alerta no Paraná”, comenta deputado

Requião Filho ainda sustenta que a história pode se repetir como farsa em um novo governo.

Porém.net | Curitiba (PR) |
"No fim de 2018, um novo projeto sobre Parcerias Público Privadas chegou à AL para ser aprovado às pressas. E fomos contrra"
"No fim de 2018, um novo projeto sobre Parcerias Público Privadas chegou à AL para ser aprovado às pressas. E fomos contrra" - Leandro Taques

“A notícia sobre a prisão preventiva do ex-governador Beto Richa acende um sinal de alerta. Não só pelas revelações do Ministério Público Federal a respeito das transações ilícitas praticadas pelo ex-chefe do Executivo, mas pela possibilidade disso voltar a acontecer”, avalia o deputado estadual, Requião Filho.

No pedido de prisão pelo Ministério Público Federal e acatado pela 23a Vara Federal de Curitiba, dentro da Operação Integração, é destacado manobras para favorecer as empresas de pedágio que prejudicaram a população. “O governador Beto Richa assinou o “Sexto Termo Aditivo”, datado de 25/01/2018, desobrigando a concessionária ECONORTE de executar a obra conhecida como “Contorno Norte de Londrina/Cambé (BR-369). O “Sexto Termo Aditivo” suprimiu esta vultosa obra do rol de obrigações contratuais da ECONORTE, sem impor à concessionária redução de tarifa para compensar a redução de investimento”.

O deputado Requião Filho ainda sustenta que a história pode se repetir como farsa em um novo governo. “Tudo porque ao apagar das luzes, no fim de 2018, um novo projeto sobre Parcerias Público Privadas chegou à Assembleia Legislativa para ser aprovado às pressas. E fomos contra, porque o texto, tal como chegou, mesmo após algumas alterações, não atende ao interesse público e tende a acabar em escândalos. Sinal que devemos tomar todo cuidado e permanecer em alerta”, destacou.

Segundo o MPF, “logo após assumir o Governo do Estado do Paraná, em 2011, já vigente o esquema de pagamento de propina das concessionárias, Beto Richa imediatamente mandou suspender todas 140 ações judiciais ajuizadas pela Procuradoria Geral do Estado (PGE/PR) contra as concessionárias”. Antes dele, o ex-governador Roberto Requião travava “uma guerra” com as empresas de pedágio usando o bordão: “Ou o pedágio baixa, ou acaba”.

Edição: Laís Melo