O mundo assiste a mais uma tentativa de golpe na América Latina. Dessa vez, o palco é a Venezuela. Juan Guaidó, chefe do Legislativo, ignorando o resultado das eleições que reelegeram Nicolás Maduro, declarou-se presidente da Venezuela. Guaidó conta com o apoio dos EUA e de outros países com governos de direita, como o Brasil de Bolsonaro (que vem mostrando submissão aos EUA).
Os interesses dos EUA têm a ver com o petróleo venezuelano. O país latino-americano sofre com a crise econômica internacional, que assola diversas nações, inclusive o Brasil, e suporta um grave bloqueio internacional. Há embargo tanto por parte dos bancos internacionais, que dificultam simples transações financeiras, quanto por países aliados aos EUA. Além disso, há controle e manipulação de preços de bens básicos pelos donos de grandes redes de supermercados, opositores de Maduro.
Por isso, acreditar que uma intervenção neste país é para defender a democracia mostra-se como pura ingenuidade. O resultado das eleições venezuelanas, que elegeram Maduro, precisa ser respeitado: isso sim é defender a democracia. Busca-se, assim, sufocar economicamente a Venezuela e fragilizar Maduro para derrubar seu governo. Não há dúvidas: a soberania da Venezuela está em jogo, o que afeta todos nós.