Paraná

Homenagem

Ato inter-religioso na Vigília marca uma semana da morte do irmão de Lula

Além de homenagear Vavá, celebração serviu para reforçar denúncia da injustiça contra ex-presidente

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Domenico falou emocionado sobre a ausência de rancor por parte do ex-presidente
Domenico falou emocionado sobre a ausência de rancor por parte do ex-presidente - Pedro Carrano

Aos 305 dias da Vigília Lula Livre foi organizada, nesta terça-feira (5) uma celebração inter-religiosa com a presença de lideranças populares. O tom do ato foi de homenagem ao irmão de Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá, que faleceu há uma semana.

Na ocasião, também foi prestado repúdio ao que se considera uma injustiça contra o ex-presidente Lula. “É um momento como o que fazemos todos os domingos. Faz sete dias da morte de Vavá e Lula não pôde velá-lo", explicou Teresa Lemos, uma das coordenadoras do espaço.

Com mística, velas e presença de integrantes de caravanas de Minas Gerais e Santa Catarina, os presentes se solidarizaram com Lula, que recebeu autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) apenas quinze minutos antes de o corpo do irmão ser enterrado, em São Paulo, no que é considerado pelas organizações populares como mais um forte ataque político contra o ex-presidente.

Sem conseguir conter a emoção, padre Domenico Costela -- que já visitou Lula antes da decisão judicial da 12ª Vara da Justiça Federal que veta a visita religiosa semanal ao ex-presidente --, falou emocionado sobre a ausência de rancor por parte do ex-presidente, apesar do sentimento de injustiça.

“Sabe o que ele me falou? Fala lá fora que eu não tenho ódio e rancor de ninguém. O que há é indignação diante da injustiça que é a condenação diante de um ato indeterminado. Então, estamos aqui para rezar pelo irmão de Lula, mas também pedindo a liberdade do nosso presidente”, afirmou Costela.

Frei Aloísio Fragoso, frade pernambuco presente há um mês na vigília Lula Livre, abordou o tema da justiça e sua relação com a escrita bíblica. “Lula só não está ainda morto porque a justiça vive em nós, em milhares de pessoas além de nós”, apontou.

Participaram também do ato ecumênico Pastor Israel, da igreja Congrega Church, e irmã Inês, da Congregação Franciscana de São José.

Edição: Pedro Carrano