Paraná

Nova condenação

Senadores Jaques Wagner e Humberto Costa visitam Lula e denunciam: "Preso político"

Parlamentares criticam sentença de juíza Gabriela Hardt que condenou Lula em 1ª instância no caso "sítio de Atibaia"

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Ato na Vigília Lula Livre reuniu lideranças populares e de partidos de esquerda
Ato na Vigília Lula Livre reuniu lideranças populares e de partidos de esquerda - Joka Madruga

Dois dos seis representantes petistas no Senado Federal, Jaques Wagner (PT-BA) e Humberto Costa (PT-PE) visitaram nesta quinta-feira (7) o ex-presidente Lula (PT), um dia após condenação em primeira instância a 12 anos e onze meses de prisão pela juíza Gabriela Hardt, no caso do “sítio de Atibaia”. Os senadores participaram de um ato político organizado na Vigília Lula Livre, localizada em frente à Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR). Durante o evento, os dois apontaram inconsistências na sentença da juíza substituta de Sérgio Moro e reforçaram que Lula é um preso político.

“O presidente Lula, que não era dono do sítio, não mandou nenhuma obra, é o principal condenado. E a própria juíza [Hardt] diz que não se mostra presente nenhuma conexão entre as obras e a Presidência, da qual Lula estava afastado há quatro anos”, lembrou Humberto Costa.

Relembre as inconsistências do caso "sítio de Atibaia"

Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, aponta que os integrantes da Vigília Lula Livre serão lembrados assim como as Mães da Praça de Maio, na Argentina. Para ele, a prisão de Lula não pode ser naturalizada: “Ele está bem, consciente, preocupado com a conjuntura nacional e internacional, com o patrimônio desses 39 anos construído ao lado dos movimentos populares”, afirmou. “Na falta de argumento, muitos preferem transformar o Brasil em destilaria de ódio, próprio dos que não pensam”.

Ambos os parlamentares reforçaram que o sentimento de Lula é de indignação com a fragilidade da sentença, mas de confiança na mobilização popular.

“Desqualificados”

O ato na Vigília em apoio a Lula reuniu lideranças populares e de partidos de esquerda, no âmbito da Frente Brasil Popular. Para Doutor Rosinha, presidente do PT do Paraná, as arbitrariedades do poder Judiciário são cometidas por juízes "desqualificados", com intenções políticas: "Os que viviam na ditadura hoje voltam, porque se sustentam com milícias. A família de Bolsonaro sustenta milícias. Lula é o principal preso político hoje no Brasil”, disse.

A defesa de Lula pode recorrer à decisão de Hardt no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).

Edição: Daniel Giovanaz