Paraná

Luta

Nenhuma gota de sangue a mais

Comunidades no Paraná fazem manifestações para dar visibilidade a massacre sofrido por indígenas

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Em Curitiba, a concentração ocorreu na Praça Santos Andrade, saindo em passeata até a Assembleia Legislativa.
Em Curitiba, a concentração ocorreu na Praça Santos Andrade, saindo em passeata até a Assembleia Legislativa. - Luciano Palagano

No Dia Nacional de Mobilização dos Povos Indígenas, no final de janeiro, ocorreu série de manifestações por todo o Brasil com o lema “Nenhuma gota de sangue à mais! ”. As mobilizações tiveram a intenção de dar visibilidade ao massacre silencioso que os povos indígenas vêm sofrendo no país.

No Paraná, ocorreram manifestações em Curitiba, com a participação de representantes de diversas etnias presentes no Estado. A concentração ocorreu na Praça Santos Andrade, saindo em passeata até a Assembleia Legislativa. Após esse ato, lideranças do movimento participaram de encontro como Ministério Público Federal e Estadual, no qual as demandas dos povos indígenas do Paraná foram apresentadas.

Já em Guaíra, onde 13 comunidades (de Guaíra e Terra Roxa) lutam pela demarcação da Terra indígena, o ato concentrou-se em frente ao Ministério Público Federal. Além das demandas imediatas como saúde, educação, saneamento básico e demais demandas relacionadas à qualidade de vida, foi protocolado, junto à Procuradoria do Ministério Público Federal, documento assinado pelas lideranças indígenas em que é apresentada a preocupação das comunidades com a transferência da competência da Funai e do Ministério da Justiça sobre demarcação de terras para o Ministério da Agricultura.

Esse fato, somado à suspensão do processo de demarcação da Terra Indígena Tekohá Guasu Guavira, cria uma situação crítica para as comunidades indígenas de todo o Brasil, prejudicando ainda mais a luta pela terra e por condições dignas de vida. 

Edição: Laís Melo