Aposentadoria

Governo propõe idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres

Anúncio foi feito pelo secretário especial de Previdência e Trabalho após reunião com Bolsonaro e Paulo Guedes

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Desde a campanha, Paulo Guedes é chamado de "guru econômico" de Bolsonaro
Desde a campanha, Paulo Guedes é chamado de "guru econômico" de Bolsonaro - Fábio Rodrigues Pozzebom

Ao sair de reunião com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, no Palácio da Alvorada, na tarde desta quinta-feira (14), o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que a reforma da Previdência do governo vai prever idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e de 62 anos para mulheres. Segundo ele, o texto será enviado ao Congresso no próximo dia 20. O governo não divulgou detalhes sobre o projeto, o que será feito apenas depois de enviá-lo ao parlamento.

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Pela manhã, a mídia reproduziu a promessa de Bolsonaro de que pretendia “bater o martelo” nesta quinta, sobre a reforma. O termo “bater o martelo” foi repetido em uníssono pelos veículos de comunicação, após o anúncio.

As idades mínimas devem ser concretizadas no final de um período de transição de 12 anos. O secretário especial disse aos jornalistas que Bolsonaro “acha importante que mulher se aposente com menos tempo".

Marinho afirmou também que o presidente da República teve "sensibilidade" ao estabelecer idades mínimas diferentes para homens e mulheres e diante das questões econômicas. Bolsonaro "tem sensibilidade e entendeu também as condições da economia", garantiu.

Também no dia 20, as centrais sindicais farão um ato nacional em defesa da Previdência pública. Guedes recebeu dirigentes da Força Sindical nesta quarta-feira (13), depois de ser procurado pela frente do "livre mercado". "Deixamos claro nossas preocupações, que a reforma não seja uma terra arrasada, prejudicando os direitos dos trabalhadores, quem ganha menos", relatou o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, que participou da reunião em Brasília ao lado do presidente da central, Miguel Torres e do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP).

Edição: Rede Brasil Atual