O Partido dos Trabalhadores (PT) completa hoje 39 anos. Para marcar a data, a direção estadual do PT, na Paraíba, está realizando uma roda de diálogo sobre a atual conjuntura política e os desafios da esquerda no país. O professor da Universidade Federal da Paraíba e cientista político, José Artigas, é quem fará a leitura do momento. O evento acontece na noite desta quinta (14), tendo início às 18h, na Sede Regional do PT, que fica na rua Irineu Jofilly, 127, Centro de João Pessoa.
Cartaz do evento
Para Jackson Macêdo, presidente estadual do PT paraibano, o PT fez 39 anos agora no dia 10 de fevereiro e é o partido que tem mais identidade com a classe trabalhadora e com os movimentos sociais no Brasil. “Diferente de outros partidos do campo de esquerda, o PT não nasceu dentro do parlamento ou dentro de uma estrutura institucional, o PT nasceu nas ruas nos anos 80 de modo muito especial, no movimento sindical do ABC Paulista e também no movimento de base da Igreja Católica (das Cebs e dentro dos movimentos populares vinculados a Igreja Católica no início dos anos 80), então é um partido muito enraizado no movimento social”, explica.
Jackson Macêdo - presidente estadual do PT paraibano
Trajetória
O Partido dos Trabalhadores, depois de lutar pela redemocratização e de pedir o Fora Collor, é que consegue chegar na Presidência da República. “Ao chegar na presidência, o PT constrói uma verdadeira revolução nas políticas públicas do Brasil. O PT mudou o país, de modo especial nas políticas públicas sociais, o Nordeste entrou definitivamente na agenda do desenvolvimento econômico do país”, opina Jackson.
No entanto, o Partido dos Trabalhadores também faz uma autocrítica em relação ao financiamento de campanhas e a alianças. “Na época que o financiamento de campanha era privado, o PT entrou no jogo do caixa 2, um dos erros do PT foi esse e também um outro erro foram as alianças com segmentos do centro da política”, declarou corajosamente o presidente do PT paraibano.
Em relação à necessidade de se refundar ou se reinventar, Jackson diz que acha isso desnecessário. “O que o PT precisa é fazer uma avaliação e uma autocrítica, não essa autocrítica que a direita quer que a gente faça, mas uma autocrítica interna daquilo que nós acertamos e também dos nossos erros. Voltar à base, reorganizar sua base militante. O PT também precisa se apropriar das novas tecnologias. As últimas eleições perdemos pelo debate nas redes sociais desleais, as fake news”, continuou.
Um episódio que marca o PT neste momento é a prisão do ex-presidente Lula, que, segundo Jakson Macêdo, é um preso político, no entanto, de acordo com Jackson o PT segue tendo agora como liderança Fernando Haddad, que disputou as últimas eleições presidenciais, e denunciando a prisão injusta de Lula.
Edição: Heloisa de Sousa
