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Organização

Em plenária, mulheres negras de Minas Gerais discutem desafios da população negra

Racismo religioso foi um dos pontos abordados, assunto que estará em pauta no STF em março

27.fev.2019 às 18h47
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h47
Belo Horizonte (MG)
Iris Pacheco
Primeira atividade organizativa, em 2019, da Rede de Mulheres Negras de Minas Gerais aconteceu no sábado (23)

Primeira atividade organizativa, em 2019, da Rede de Mulheres Negras de Minas Gerais aconteceu no sábado (23) - Larissa Amorim

No sábado (23), mulheres que integram a Rede de Mulheres Negras de Minas Gerais, realizaram a primeira plenária organizativa de 2019.

A atividade retoma processo iniciado em 2014, quando dezenas de mulheres mineiras se organizaram para participar da Marcha das Mulheres Negras em Brasília. Quatro anos depois, em 2018, foi o momento de se organizarem para a construção do Encontro Nacional das Mulheres Negras, ocorrido em Goiânia, em dezembro daquele ano.

Segundo Andreia Roseno, da Rede de Mulheres Negras de Minas, é preciso mudar a lógica sobre a qual a história é contada e entender como o sistema colonial agiu para nos dividir. Ela destaca que é fundamental entender a atuação das mulheres negras numa perspectiva de construção de unidade e resistência contra o opressor.

"O acesso ao conhecimento para disputar esse mundo burguês foi a ênfase no primeiro encontro nacional das mulheres negras. 30 anos depois, qual é a estratégia? Voltar para o conhecimento burguês ou já temos base para implantar uma cosmovisão ancestral africana?", questiona Roseno.

A resistência é um dos principais desafios do nosso tempo, que opera para aprofundar as opressões e o genocídio da população negra, pontua. Para Roseno, "precisamos construir mecanismo de enfrentamento, de resistência, para sobrevivências coletivamente". Ela ressalta que é fundamental dialogar com as nossas referências comunitárias negras. "A gente precisa romper com a base do pensamento eurocêntrico, com o silenciamento e a invisibilidade da nossa existência".

Já a deputada federal, Áurea Carolina, destacou o processo de flexibilização ambiental e da mineração secular em nosso país, cujos corpos negros estão expostos a essas explorações. Áurea comenta sobre como o conhecimento ancestral africano nos foi usurpado para construir esse modelo violento.

Além disso, Carolina pontuou sobre a necessidade de construção do bem viver, que possibilita um giro na cultura política e outras formas de convivência econômica, política e social, inclusive pensando em consolidar uma rede de proteção e cuidados da comunidade negra junto a quem está diariamente nesse enfrentamento à opressão. "Nós que estamos nestes espaços temos a tarefa pesada de integrar agendas que são colocadas como fragmentadas, distintas, mas não são".

Enquanto isso, no mesmo debate, a ex-Secretária de Estado da Educação, Macaé Evaristo, ressalta o desmonte da educação nesse cenário conjuntural. Para ela este é um tema onde historicamente há uma intensa atuação do racismo institucional, negando o direito da população negra a educação, daí o ataque a política de cotas.

"A educação do povo negro sempre foi muito assustadora para a elite brasileira. Nós, a população negra, para a elite branca desse país não deveria ter se escolarizado", afirma.

De acordo Macaé, o desmonte da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC), que era transversal às demais unidades do Ministério de Educação (MEC), é um dos principais retrocessos quando falamos em garantia a uma educação pública de qualidade. Era essa pasta que assegurava o direito a educação do campo, indígena, quilombola.

Macaé ressalta que nesse momento a educação pública é sucateada, e se ensaia uma ampla privatização do ensino. Com a possibilidade do retorno ao ensino domiciliar e junto a isso uma recarga sobre a vida das mulheres. "É mais um mecanismo de controle dos corpos das mulheres". Portanto, o debate que deve ser feito, "não é um debate corporativo da educação, é um debate sobre o direito à educação pública".

Muitos são os impactos do atual processo em curso no país e a população negra está no centro dos ataques, das privatizações e dos desmontes. Diante desse cenário o encontro colocou como perspectiva de resistência a atuação em território, com ações territoriais e locais, mas que garantam a unidade e o diálogo em rede.

As propostas construídas buscam lutar pela liberdade religiosa, cujo próximo embate se dará com o julgamento no STF, em março, sobre legalidade de sacrifícios de animais em ritos religiosos. Também teve destaque nas ações de resistência o carnaval da resistência em Belo Horizonte. A Escola de Samba Raio de Sol homenageará Diva Moreira, mulher negra, cientista política e com trajetória de vida dedicada a transformação e a luta pela igualdade social.   
 

Editado por: Elis Almeida
Tags: mulheresrede
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