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Lula diz estar de cabeça erguida e pede que o povo não desanime

Integrante do MAB visita ex-presidente no sétimo dia após a morte do neto, Arthur: "Indignado"

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Neudicléia de Oliveira, militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
Neudicléia de Oliveira, militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) - Pedro Carrano

Neudicléia de Oliveira, integrante da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e presente na Vigília Lula Livre desde a prisão política de Lula (PT), em abril de 2018, visitou o ex-presidente nesta quinta-feira (7) na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR).

Segundo o relato da militante, após a visita de uma hora, Lula convocou a militância para denunciar as violações do Poder Judiciário, citando como exemplo figuras como Deltan Dallagnol, coordenador da operação Lava Jato, e o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, responsáveis diretos pela prisão do ex-presidente. “Precisamos ser a pedra no sapato do Judiciário”, afirmou Neudicléia, parafraseando Lula. “São os movimentos sociais que não vão deixar o Brasil cair de joelhos frente aos EUA”, teria dito o ex-presidente, referindo-se às ameaças do governo Bolsonaro (PSL) à soberania nacional. 

Nesta quinta-feira (7), completam-se onze meses da prisão política de Lula, e sete dias do falecimento do neto de Lula, Arthur. Neudicleia descreve que o estado de ânimo do ex-presidente é de tristeza, mas não de resignação: “Encontrei um homem indignado com essa injustiça contra os trabalhadores e trabalhadoras que a sua prisão representa”.

O petista interpreta que o exemplo da Vigília Lula Livre, em Curitiba, deve ser reproduzido em outras regiões do país, como forma de mobilização pela sua liberdade.

Edição: Daniel Giovanaz