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PREVIDÊNCIA

Em ato no Rio, mulheres denunciam que reforma da Previdência vai atingir mais pobres

Organizadores estimam que mais de 30 mil pessoas participam do protesto

22.mar.2019 às 18h48
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h48
Rio de Janeiro (RJ)
Redação
Sarah Ragaglia, 41, professora, veio defender seus direitos e o da filhinha Atena, de 1 ano

Sarah Ragaglia, 41, professora, veio defender seus direitos e o da filhinha Atena, de 1 ano - Flora Castro / Brasil de Fato

Para denunciar os riscos da reforma da Previdência do governo de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL), sindicalistas e ativistas realizaram nesta sexta-feira (22) uma manifestação no Centro do Rio de Janeiro. O Brasil de Fato ouviu mulheres que participaram do ato que foi convocado por dez centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Organizadores estimam que mais de 30 mil pessoas participam do protesto.

Diversas pesquisas mostram que as mulheres trabalhadoras enfrentam desigualdade no mercado de trabalho, ganham menos que homens, são a maioria dos desempregados, trabalham sem carteira assinada e além disso trabalham mais  horas por semana.

“Toda vez que eu olho para minha filha eu penso na covardia que é essa reforma”, declarou a professora Sarah Ragaglia, de 41 anos. Ela veio ao protesto acompanhada de Atena, de 1 ano. “A tendência é a gente fazer os jovens ingressarem cada vez mais cedo no mercado de trabalho, sem estimular uma formação mais especializada, mais estudo. Vai prejudicar a nossa geração e principalmente a geração deles", destacou. A nova proposta sobe para 62 anos a idade mínima para as mulheres se aposentarem. A aposentadoria por idade é a mais comum entre as trabalhadoras, pois não conseguem chegar ao tempo mínimo de contribuição.

A professora Karen Basílio, 34 anos, explica como a mudança proposta por Jair Bolsonaro impacta os professores, em especial as mulheres. "O tempo de atuação em sala de aula aumentaria e isso seria um dano, ainda mais para nós mulheres, que ainda temos jornadas duplas e até triplas", explicou. "Mais tempo em sala de aula pode onerar em menos saúde, mais problemas no nosso corpo e na nossa saúde mental, índices de depressão, síndrome de pânico tem aumentado entre professores e isso tende a piorar", acrescentou. 

Gabriella Sena, 22 anos, estudante de enfermagem do 6º período fala da perspectiva dos estudantes e futuros trabalhadores. "Sabendo que enfermagem é majoritariamente feminina, e essa reforma atinge principalmente as mulheres, não vai existir aposentadoria", declarou. Segundo relatório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), do total de mulheres trabalhando, quase metade (47%) não possui registro de carteira assinada.

Em relação aos trabalhadores rurais, a PEC criou a idade mínima de 60 anos, porém, com a exigência de 20 anos de contribuição, em um novo modelo de recolhimento mensal em dinheiro, o que é incompatível com o modo de vida e produção dos agricultores familiares. A agrônoma Gabriela Dantas, 37 anos, moradora da zona rural de Cachoeira de Macacu fala da realidade das trabalharas rurais e como a reforma impacta negativamente as mulheres. "Essa reforma da previdência precariza ainda mais as nossas vidas. Se o homem e a mulher do campo serão ainda mais penalizados com esta reforma, a mulher sofrerá um processo do seu trabalho ainda maior. Não temos como nos omitirmos de estarmos aqui nesse momento lutando pelo nosso futuro, lutando pelo nosso direito", disse.

A PEC de Bolsonaro fragiliza a proteção social, que é a base do conceito de Previdência e Assistência Social. Maria Eduarda Quiroga, da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Rio) comenta: "Essa reforma significa uma retirada total de direito pois não retira o direito de se aposentar, como também acaba com o pacote de seguridade social que garante a economia de muitos municípios e famílias desse país". 

A reforma também estabelece a adoção do modelo de capitalização com contas individuais para o regime de Previdência, ou seja, uma ruptura radical com o atual modelo de participação, onde o trabalhador da ativa e as empresas financiam os beneficiários. "Esse modelo foi adotado no Chile que está causando diversos suicídios no Chile, os aposentados estão se aposentando com metade do salário mínimo. Isso é uma vergonha, um crime, o que estão tentando instalar no Brasil", disse a bancária Renata Soeiro, de 44 anos, sobre o sistema de capitalização sugerida no projeto do ministro da Economia Paulo Guedes.

VOTAÇÃO

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB RJ) comentou sobre o andamento da PEC na Câmara. "O governo ainda está tentando construir sua base com muita dificuldade pelas trapalhadas e pelas confusões na sua base. Jandira destacou que o governo ainda não conseguiram sequer ainda identificar um relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). "A cada dia Bolsonaro cria mais contradições e as mentiras que eles vem estabelecendo com a reforma vai começando a esclarecer, mesmo que a gente não tenha o mesmo poder de fogo de mídia, fake news e das potências que eles tem no Whatsapp".

As centrais sindicais acreditam que esta será a primeira grande mobilização deste ano contra o desmonte da Previdência. A ideia é que ela seja um motor para que os trabalhadores realizem uma greve geral nos próximos meses para barrar a reforma, assim como aconteceu em abril de 2017, quando cerca de 40 milhões de trabalhadores cruzaram os braços e derrotaram a proposta do governo de Michel Temer (MDB). Aquela foi considerada a maior mobilização popular da história do país.

*Reportagem de Flora Castro.

 

Editado por: Vivian Virissimo
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